A tela da UBI

Na terceira edição da Mostra de Cinema na UBI, a qualidade foi um dos pontos mais assinalados no trabalho dos alunos. Entre debates e palestras sobre a sétima arte foi apresentado mais um conjunto de curta-metragens produzidas por estudantes ubianos.

O mundo da sétima esteve em análise na UBI. Durante a passada semana, a Cinubiteca acolheu mais umas jornadas e mostra de trabalhos. Palestras com realizadores e argumentistas, workshop e aulas abertas que incluíram masterclasses deram forma a um programa onde os responsáveis por esta formação pretenderam, “acima de tudo, conciliar um momento de aprendizagem onde estive a prática e a teórica”.
A mostra de filmes da UBI e as Jornadas de Cinema em Português são dois momentos altos do calendário de actividades. Para Luís Nogueira, docente da UBI e um dos organizadores do evento, “esta edição foi um sucesso em diversos níveis, quer em termos de adesão, que é uma coisa muito importante, quando se promove uma actividade destas, quer também em termos de qualidade dos participantes e troca de ideias entre todos os que aqui estiveram”.
Para além da componente teórica, protagonizada com as palestras e aulas abertas, existiu também uma mostra de trabalhos dos alunos que terminaram as suas licenciaturas ou mestrados. Momento sempre aguardado com alguma expectativa pelos participantes, “isto porque é aqui que se vão conhecer os trabalhos realizados na Covilhã”. O docente acredita que “depois do que aqui foi mostrado, tudo aponta para que o curso esteja agora a entrar na sua fase de maioridade”. Este tipo de iniciativa, na opinião dos seus organizadores, serve também como forma de conciliar uma parte mais técnica e de produção do cinema, com algumas apresentações mais teóricas.
Os vários trabalhos apresentados pelos alunos “atestam bem a qualidade da sua preparação, e mostram que se conseguiu já atingir um desempenho estável, que surge depois de se ter reunido um conjunto de recursos humanos e técnicos que permitiram que o trabalho se vá desenvolvendo com alguma naturalidade e em correspondência com as expectativas que podemos criar para o curso”.
De entre o conjunto de trabalho exibidos ao longo das jornadas, que serão agora disponibilizados na Internet, Luis Nogueira sublinha que todos foram feitos “quase sem orçamento e com muito trabalho”. Motivos pelos quais, para o docente da UBI, “os alunos estão de parabéns, também por terem conseguido concretizar estes trabalhos, nestas condições”.
No encerramento das jornadas, o docente avançou com algumas novidades. A Faculdade de Artes e Letras tem agora um protocolo com o Teatro das Beiras, a Quarta Parede, a Este e a Asta, no sentido de disponibilizar actores para os trabalhos da UBI. Para além deste acordo, existem também várias parcerias com festivais de cinema, nomeadamente o Festival do Estoril, o “Mostra-me” e o Cine-Eco, Festival de Seia, onde as curtas-metragens realizadas pelos estudantes da Covilhã vão ser exibidas.
A “Ínfimo Frame” e a “Clap Filmes” vão também passar a acolher licenciados em Cinema pela UBI. Um ponto que Luis Nogueira fez questão de sublinhar e que abre agora novas perspectivas de trabalho aos jovens estudantes.
Quanto a novidades no evento, as próximas edições da mostra de cinema vão contar com mais três prémios, o de melhor cartaz, o de melhor trailer e o de melhor site. No que respeita à atribuição de prémio, este ano, “Lemúria” foi o grande vencedor, ao conseguir três distinções. Desta forma, para Melhor Filme Licenciatura, foi escolhido, “Do outro lado”, para Melhor Filme Mestrado foram escolhidas duas películas, “Agreste” e “Lemúria”, enquanto que o Prémio Público foi para “Pó”. No que respeita ao Prémio Público Licenciatura, este foi entregue a “Senhor Artur”, e o Prémio Publico Mestrado acabou por ir para “Lemúria”, o mesmo que ganhou também o Prémio Red Lobby UBICinema.