Prémio Santander distingue Paulo Almeida
O trabalho desenvolvido ao longo de vários anos por Paulo Almeida, na área da Química, valeu-lhe agora o Prémio Mérito Científico Santander Universidades. Uma distinção atribuída, de forma unânime, pelos cinco membros de universidades portuguesas que compõem o júri.
> Eduardo AlvesAs investigações desenvolvidas ao longo de 17 anos, na UBI, na área da Química, foram preponderantes para a atribuição do Prémio de Mérito Científico Universidade da Beira Interior – Faculdade de Ciências / Santander Universidades ao professor Paulo Almeida. O catedrático do Departamento de Química da UBI, e vice-reitor da instituição é assim o primeiro a ser distinguido com este prémio carreira, nesta área.
O prémio, instituído para a Faculdade de Ciências, foi decidido por um conjunto de cinco docentes de universidades portuguesas. Para além da imparcialidade “este tipo de procedimento vem conferir ainda mais peso à distinção”, começa por explicar o premiado. Os cinco membros do júri, aos quais se juntou também o reitor da UBI, foram unânimes na atribuição desta distinção a Paulo Almeida.
O júri, composto por João António de Sampaio Rodrigues Queiroz, professor catedrático e reitor da UBI, Ana Maria Félix Trindade Lobo, professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa, Artur Manuel Soares Silva, professor catedrático da Universidade de Aveiro, Joaquim Manuel Sampaio Cabral, professor catedrático do Instituto Superior Técnico, José António Couto Teixeira, professor catedrático da Universidade do Minho e Maria Helena Mendes Gil, professora catedrática da Universidade de Coimbra classificou a produção de carácter científico “como prova que atesta o empenhamento do premiado na construção e consolidação da área da Química na Faculdade de Ciências da UBI ao longo de 17 anos”. Uma das principais razões para a escolha de Paulo Almeida passa precisamente pelo trabalho que o docente realizou entre 2006 e 2008. Paulo Almeida, durante este período, foi autor de 21 publicações, editadas em revista internacionais “o que contribuiu para a afirmação progressiva das áreas de investigação quer a nível da UBI, quer a nível nacional”, adiantaram também os jurados.
O vice-reitor vê este prémio “como um reconhecimento da academia, por todo o trabalho que tenho feito. Desde 1992 que entrei na UBI, comecei a investigar nesta área científica de algum valor, trabalho que foi agora reconhecido por isso mesmo”. Paulo Almeida lembra também que o prémio “não é apenas pelo esforço científico, até porque a minha acção dentro da UBI tem sido bastante diversificada quer em termos de investigação, mas também de aulas e de cargos de gestão nos diferentes organismos da instituição”.
Pontos que foram tidos em conta pelos membros do júri que analisam todo o currículo dos candidatos. Contudo, na escolha do vencedor é dada uma maior atenção às actividades desempenhadas no último triénio. Neste caso, Paulo Almeida refere que “o principal trabalho tem passado pelo uso dos corantes e as suas aplicações funcionais. Neste caso, aplicações que não reflectem o interesse que as cores têm, mas sim a aplicação técnica que esses mesmos corantes possam vir a ter”. Neste sentido “tenho trabalhado precisamente em duas áreas primordiais, a terapia fotodinâmica, que é um tratamento alternativo ao cancro, onde são utilizados esses fotosensibilizadores, em cancros em estado inicial, para estes serem combatidos, e também em cromatografia de afinidade em que faço um trabalho de colaboração com o professor João Queiroz”, acrescenta.
Paulo Almeida é licenciado em Química Aplicada (ramo da Química Orgânica) desde 1987 e doutorado na mesma área pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. No próximo ano, o Prémio Mérito Santander será atribuído a um docente ou investigador da UBI, da área da Matemática.
> silviobelo @ gmail . com em 2009-10-26 23:23:02
Muitos parabens, são os votos de um ex-aluno. Que a instituição seja cada vez Maior é o desejo de quem vive e trabalha para um interior mais desenvolvido.
Sílvio Belo
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