Avri fecha portas
Mais cem trabalhadoras da confecção luso-francesa Avri ficaram sem emprego. A unidade que laborava no Parque Industrial da Covilhã decidiu terminar a sua actividade em solo português.
> Eduardo AlvesO primeiro lote de terreno do Parque Industrial da Covilhã é ocupado pelo pavilhão onde a empresa Avri tem actividade há mais de duas décadas. Esta entidade luso-francesa está em Portugal há 27 anos e opera no sector das confecções. Os problemas com a unidade da Covilhã eram conhecidos de há algum tempo, mas a decisão tomada na passada semana veio mesmo por fim a esta unidade fabril no concelho covilhanense.
Um encerramento que coloca no desemprego mais cem mulheres. As funcionárias estavam há cerca de dois meses com a fábrica em sistema de “lay-off”. Contudo, no final de Setembro foram confrontadas com o pior dos cenários e com poucas explicações por parte da administração. Para o advogado da empresa, o fim da actividade da Avri, na Covilhã, representa também a passagem da massa falida da unidade para os credores. Com as indemnizações por pagar, as trabalhadoras ficam agora “com uma situação bastante complicada”, diz Luís Garra. O dirigente sindical, em declarações à Antena 1 refere que a solução apresentada pelos administradores “é hipócrita”, uma vez que todo o processo judicial de vende de imóveis e massa falida “pode levar bastante tempo e não decorrer da melhor forma”.
As antigas funcionárias da Avri tiveram também de exercer alguma pressão junto dos responsáveis da empresa para obterem as suas cartas de despedimento. Documento essencial que lhe permite ter acesso ao subsídio de desemprego, mas que os proprietários não se mostraram muito receptivos em fornecer. Só após alguns contactos entre trabalhadoras, sindicato e administração é que os mesmos documentos foram apresentados.
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