Ciências Farmacêuticas: nota de ingresso mais alta é na Covilhã

A UBI tem a nota mais alta de ingresso na licenciatura de Ciências Farmacêuticas, a nível nacional. Este ano, o último colocado nesta formação tem uma média de 16,7 valores.

Este ano, a nota mais elevada de ingresso num curso de Ciências Farmacêuticas, em termos nacionais, foi atingida pela UBI.  Esta é uma das novas formações na área da Saúde, segmento que tem vindo a ser explorado pela academia covilhanense e que começa já a ter destaque em termos nacionais.
As Ciências Farmacêuticas, integradas num leque de formações como a Medicina, a Biotecnologia e Bioengenharia, mas também as Ciências Biomédicas e a Bioquímica têm vindo a conquistar um número crescente de alunos e investigadores. Quatro anos após o início dos trabalhos, o curso da UBI atinge o topo da tabela. Luiza Granadeiro, directora do curso explica que a nota mais alta de ingresso, alcançada este ano, “é o reconhecimento de um trabalho não só dos docentes, mas também dos alunos. Estes têm sido os maiores e melhores embaixadores desta formação”.
Este é o primeiro curso, a nível nacional, a ser definido segundo as linhas gerais do Processo de Bolonha. A adequação aos novos métodos de ensino, a dinâmica incutida nos estudantes e a envolvência de áreas, como a Medicina, a Química, a Biologia e outras, contribuíram para que a formação da UBI tenha vindo a marcar pontos. A directora desta licenciatura assinala que “os nossos alunos vão ser os primeiros a saírem para o mercado de trabalho com competências perfeitamente definidas, com habilidades como o saber tirar sangue, o saber medir a tensão arterial, entre outras.” Luiza Granadeiro refere também que “para além de toda a componente teórica e laboratorial, das áreas científicas, há também competências muito específicas para os farmacêuticos, que geralmente estes só adquirem quando estão já no mercado de trabalho. Os nossos alunos já saem preparados”.
Impressões que não têm vindo apenas do interior da academia covilhanense. Para além do melhor resultado, agora conseguido pelo curso, os responsáveis garantem também que os muitos parceiros externos mostram a sua atenção pelos alunos de Ciências Farmacêuticas da UBI. Os estudantes têm participado em diversas reuniões externas, através de associações e outras entidades, “onde são sempre bem recebidos e o feed-back da sua participação e do seu trabalho é sempre relevado”, diz a docente que dirige o curso. Toda a nova política desta licenciatura está orientada também para uma multiplicidade de actividades que vão muito além das tradicionais aulas. No ano passado, mais de uma centena de estudantes de Ciências Farmacêuticas da UBI participaram já em estágios e acções fora da academia. Mas também em trabalho de investigação. Luiza Granadeiro lembra que “só no ano passado, mais de cem alunos estiveram, ao mesmo tempo, em estágios em diversas farmácias comunitárias, hospitais, laboratórios e entidades de saúde. Mas se existissem mais alunos a estudar na UBI, nesta área, mais seriam solicitados para estas actividades. E em relação à investigação, temos também aqui alunos com bolsas que a FCT abriu para investigação em várias áreas”.
A directora do curso mostra o seu agrado pelo reconhecimento agora conseguido na melhor nota de acesso. Contudo, Luiza Granadeiro sublinha também que este facto, para além dos alunos, “pertence a todo um vasto conjunto de docentes e investigadores que imprimem uma dinâmica notória em todos os cursos”.
João Queiroz, reitor da UBI, aponta também a nota agora alcançada pelas Ciências Farmacêuticas, como uma prova de que “a UBI está no bom caminho”. O responsável máximo pela instituição e até há bem pouco tempo, presidente da Faculdade de Ciências de Saúde, refere que “as 50 vagas para este curso foram procuradas por mais de 500 alunos”. Para o reitor, este é mais um sinal “de que o trabalho que tem vindo a ser feito na universidade e na adequação a Bolonha deste curso, que foi o primeiro a nível nacional a ajustar-se ao processo, foi muito positivo. Para além do reconhecimento geral pela forma como estamos a trabalhar nesta área”.
Outro dos dados avançados pelo responsável institucional passa precisamente por sublinhar o crescente interesse demonstrado pela procura da UBI. Para além das Ciências Farmacêuticas existem também outras formações muito procuradas, “como é o caso da Medicina, onde as 150 vagas disponíveis tiveram 2100 alunos”. Queiroz avança mesmo com um argumento de peso, o de que “mais de metade dos cursos da UBI tiveram mais de 200 candidatos”. Factor que “nos permite afirmar com toda a certeza que a UBI segue, neste momento, uma boa política de divulgação e tem se mostra como uma instituição de referência no panorama nacional”.

> jfonseca @ ubi . pt em 2009-09-24 22:28:55
Desconhecendo em detalhe o curso em questão, permito-me na qualidade de docente da UBI colocar algumas questões que me parecem pertinentes para reflectir sobre o futuro da nossa Universidade. Trata-se de questões gerais, actualmente aplicáveis a muitas Universidades do país. 1. Será que interessa à Universidade publicar uma auto-avaliação? 2. Porque é que se fala mais da avaliação dos candidatos à entrada na Universidade e menos de uma avaliação externa dos licenciados à saída dos cursos? João Fonseca