UBI com mais alunos

A primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior veio trazer para a UBI, 1186 novos alunos. Um resultado que preenche 93 por cento da oferta formativa da instituição. Nesta fase a academia covilhanense consegue também a média de acesso mais alta, a nível nacional, no curso de Ciências Farmacêuticas.

A partir da próxima semana a Universidade da Beira Interior conta com 1186 novos alunos. Um resultado “bastante positivo e que continua a fazer crescer a instituição”, sublinha João Queiroz. O reitor da UBI mostrar o seu agrado por ver preenchidas 93 por cento das vagas disponibilizadas pela instituição que dirige.
De entre as novidades desta primeira ronda de colocações, o destaque vai fundamentalmente, para a nota de acesso conseguida pelo curso de Ciências Farmacêuticas. Os 16,7 valores de acesso a esta licenciatura são os mais altos, em termos nacionais. A este resultado, Queiroz acrescenta ainda o facto das 50 vagas para este curso “terem sido procuradas por mais de 500 alunos”. Para o responsável máximo da academia covilhanense, este é mais um sinal “de que o trabalho que tem vindo a ser feito na universidade e na adequação a Bolonha deste curso, que foi o primeiro a nível nacional a ajustar-se ao processo, foi muito positivo. Para além do reconhecimento geral pela forma como estamos a trabalhar nesta área”.
Outra das apostas que parece ter surtido efeito foi precisamente o do novo curso de Bioengenharia. As 30 vagas que foram disponibilizadas acabaram totalmente preenchidas. João Queiroz lembra que “mesmo sem a divulgação total do curso houve um grande número de candidatos e portanto este é um curso que vem complementar e que vem consolidar uma área na qual temos investigação de ponta e investigação de qualidade em parceira com empresas, com unidades de saúde que as fazem diferentes”. O forte interesse dos alunos por esta nova área de expansão da UBI ficou bem visível na grande procura que os cursos de Saúde tiveram.
Para o reitor, ainda assim, “há que olhar para a instituição como um todo” e nesse aspecto “todas as áreas estão muito bem”. Queiroz lembra os bons resultados que as Engenharias alcançaram, os cursos preenchidos “das Artes e Letras, que voltam a mostrar a sua importância em termos nacionais” e também “as Ciências Sociais e Humanas “onde a Gestão, a Economia e a Sociologia, apenas para referir alguns exemplos, voltam a ter as vagas completamente ocupadas”.
A UBI continua a crescer em número de alunos e este ano atinge um novo recorde. Tal como no ano passado, a academia abriu 1270 vagas, distribuídas por 29 licenciaturas. Este ano conseguiu 1186 alunos, que preencheram 93 por cento dos lugares disponíveis, mais um ponto percentual em relação ao ano passado, onde ingressaram, nesta fase, 1168.
Outro dos dados avançados pelo responsável institucional passa precisamente por sublinhar o crescente interesse demonstrado pela procura da UBI. Para além das Ciências Farmacêuticas, (melhor média a nível nacional), existem também outras formações muito procuradas, “como é o caso da Medicina, onde as 150 vagas disponíveis tiveram 2100 alunos”. Queiroz avança mesmo com um argumento de peso, o de que “mais de metade dos cursos da UBI tiveram mais de 200 candidatos”. Factor que “nos permite afirmar com toda a certeza que a UBI segue, neste momento, uma boa política de divulgação e tem se mostra como uma instituição de referência no panorama nacional”.
A estes números, o reitor da universidade covilhanense acrescenta ainda “os recordes alcançados na passada semana, com as candidaturas ao segundo ciclo”. Para este patamar de formação “nunca tivemos tantos interessados”. O reitor da instituição sublinha que a qualidade está em crescendo e também “a investigação e os trabalhos que se produzem nesta academia”.
As duas grandes baixas de vulto neste cenário positivo passam pela Filosofia e pela Matemática. Este ano, a UBI voltou a atribuir vagas à Matemática, mas dos 20 lugares disponibilizados, apenas dois foram preenchidos, o mesmo aconteceu na Filosofia. “É com grande pena que olho para esses resultados. Penso que é uma mostra e uma aposta de qualidade da UBI, ao estar a disponibilizar vagas nessas formações e depois, a nível nacional, não existirem candidatos”, REFERE João Queiroz. O responsável máximo pela instituição covilhanense diz também que “este é um problema que não se resume à UBI, mas também a muitas outras instituições que oferecem estas formações base, mas que os candidatos não procuram. Portugal tem de encarar esses cursos de uma outra forma e nós estamos disponíveis para isso”, acrescenta.