A oposição é uma característica da vida social, sem a qual não há progresso. Uma organização que não admite a crítica construtiva está condenada a um trabalho mecanicista, intuitivo, imediato e de imposição manipulativa. Para Jürgen Habermas, contrariamente a uma acção estratégica orientada para o sucesso, a comunicação deve ser dialógica tendo em vista o consenso argumentativamente fundado. Mas o idealismo de Habermas falha, pois nem sempre é possível o acordo. Tarde contradiz Habermas em As Leis da Imitação: «Não existe instituição pacífica que não tenha a discórdia por mãe. – Uma gramática, um código, uma constituição implícita ou escrita, uma indústria reinante, uma poética soberana, um catecismo: tudo isso, que é o fundo categórico das sociedades, é obra lenta e gradual da dialéctica social». Ora, é precisamente a dialéctica social que, na organização, constitui um meio de discussão crítica capaz de criar soluções inovadoras, em função dos objectivos da comunicação integrada, isto é, a convergência de todos os suportes e técnicas de comunicação necessárias aos objectivos centrais/globais e objectivos específicos da organização.
http://maaconsulting.com.sapo.pt
Multimédia