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      Edição: 503 de 2009-09-08   Estatuto EditorialEquipaO Urbi ErrouContactoArquivo •  
Um dos mais recentes trabalhos do Teatro das Beiras viaja agora até Montemor

“Hotel de Província” instala-se em Montemor-o-Novo

Um dos mais recentes trabalhos do teatro das beiras vai agora estar em Montemor-o-Novo. A peça “Hotel de Província” marca presença no palco do Cine Teatro Curvo Semedo, já no próximo dia 12 de Setembro, pelas 21.30 horas.

> Eduardo Alves

O Teatro das Beiras apresenta um dos seus mais recentes trabalhos, “Hotel de Província”, no Cine Teatro Curvo Semedo, em Montemor-o-Novo, no próximo dia 12 de Setembro, pelas 21.30 horas.
Estreada em 2 de Outubro de 2008, ”Hotel de Província” de Aleksandr Vampilov, é um espectáculo construído a partir da comédia em um acto, “Incidente com um compaginador”, com encenação de Gil Salgueiro Nave.
A acção desenrola-se num hotel estatal algures na longínqua Sibéria onde o protagonista, um funcionário público de irrelevante importância social, se comporta como um cacique de poderes ilimitados, excedendo-se no seu exercício. Os conceitos de ordem e disciplina ganham um estranho sentido absurdo e incongruente num pequeno mundo donde parece ter-se ausentado a sensatez e a humanidade. A chegada de um novo hóspede ao hotel e uma vez equivocada a sua identidade, põe toda a estrutura de poder e chefia em causa, o hotel entra em colapso e desmorona-se caoticamente.
Como em outros momentos da história do teatro, também aqui a comédia é a forma de exorcizar fantasmas e pôr a ridículo os “poderosos” mesmo se o seu poder é mesquinho, insignificante e efémero.
Vampilov denuncia nesta comédia, a corrupção não apenas nas altas instâncias, mas nos mais pequenos funcionários, insignificantes  sem identidade mas que mesmo assim exercem o seu escasso poder de forma tirânica.
Apesar da sua curta carreira, interrompida tragicamente aos trinta e cinco anos de idade, Vampilov marcou definitivamente uma nova geração de autores, podendo mesmo falar-se do teatro russo pós Vampilov, onde é latente a memória de Tchekov ou Gogol.
A tradução desta peça está a cargo de Luís Nogueira e a encenação é de Gil Salgueiro Nave. Luís Mouro assina a cenografia e figurinos e Vasco Mósa, a iluminação e sonoplastia. João Antão é o responsável pela fotografia. A interpretação fica a cargo de Fernando Landeira, João Ventura, Luís Campião, Rui Raposo Costa, Sónia Botelho e Teresa Baguinho.


Um dos mais recentes trabalhos do Teatro das Beiras viaja agora até Montemor
Um dos mais recentes trabalhos do Teatro das Beiras viaja agora até Montemor


Data de publicação: 2009-09-08 00:03:00
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