Voltar à Página da edicao n. 502 de 2009-09-01
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      Edição: 502 de 2009-09-01   Estatuto EditorialEquipaO Urbi ErrouContactoArquivo •  
Os candidatos conquistam já os seus lugares na Internet

As novas campanhas

Setembro e Outubro são meses de eleições. Os cartazes políticos estão já na rua e começam também as campanhas, os comícios e os encontros de apoio. Contudo, cada vez mais, os partidos estão a apostar nas novas plataformas de comunicação.

> Eduardo Alves

O “Twitter” constituiu uma das mais recentes ferramentas de comunicação à disposição dos cibernautas. Em mensagens com um máximo de 140 caracteres, os utilizadores podem comunicar ao mundo aquilo que estão a fazer num dado momento. Mas para além desta plataforma, existem os blogues e também os sites de vídeos, as ferramentas de alojamento de fotos, ou apenas de mensagens. A juntar a tudo isto, os sites institucionais dos vários partidos.
A revolução é de tal ordem que o Presidente da República e alguns deputados da Assembleia utilizam já estas ferramentas. O contacto com o cidadão, a facilidade de acesso a uma porta para o mundo e a difusão das ideias e programas políticos estão agora mais facilitadas que nunca. Os partidos políticos entenderam já este novo meio de comunicação e acabaram por aderir através de páginas oficiais. Contudo, surgem cada vez mais novidades nesta área, onde o político parece ter a intenção de chegar mais perto e de forma mais rápida ao eleitor. O fenómeno tem despertado a curiosidade do mundo académico e são já relevantes os estudos feitos neste domínio. João Canavilhas, docente na Faculdades de Artes e Letras da UBI é autor de um trabalho que analisa precisamente estas novas formas de comunicação. Segundo este docente “o recurso aos novos dispositivos de comunicação constituem uma nova oportunidade para a política”.
A pensar nisso mesmo devem estar os candidatos às autarquias. Na região, se os rostos parecem não mudar muito, desde há quatro anos, as formas de comunicação, essas sim, ganham terreno. O Urbi percorreu as novas plataformas dos candidatos e fez uma análise das opções que os cidadãos têm para falar com os membros de cada partido que estão na corrida pela liderança, neste caso, da Câmara Municipal da Covilhã.
“Bom dia. De hoje até 11 de Outubro temos muito para conversar. Pelo meu lado estou disponível”. Esta é a mensagem publicada por Carlos Pinto, candidato do Partido Social Democrata à Câmara da Covilhã na sua página do “Twitter”. Mas se esta ferramenta tem como fundamento a utilização regular, muito preferem o termo “constante”, a página do candidato está algo desactualizada. Até porque esta mensagem, uma das últimas no sítio data de 20 de Agosto. Mas se a actualidade parece não ser o ponto-chave da aposta de candidato laranja, a variedade, essa sim, é mais certa. De entre os cinco candidatos à autarquia serrana, Pinto é o mais presente nas novas tecnologias, “Twitter”, “Blogue”, “Flickr – Plataforma de partilha de fotos”, "Youtube", "Facebook" e página pessoal fazem parte do conjunto de ferramentas associadas à campanha, um leque de opções que mais nenhum outro candidato apresenta.
Vítor Pereira, candidato do Partido Socialista, apresenta também um site pessoal. Contudo, o cidadão acaba por ter uma mensagem muito simples no endereço disponibilizado pelo socialista: “Site em Manutenção”. Até agora, Vítor Pereira tem vindo a promover as suas mensagens e acções de campanha através do site do Partido Socialista da Covilhã. Um sítio onde estão reunidas diversas informações que passam por comunicados, fotos e vídeos. Conteúdos similares que também podem ser vistos na página oficial de Carlos Pinto, do PSD.
Os candidatos dos dois principais partidos parecem assim os dois mais motivados para as novas tecnologias. Isto porque, no restante figurino, a presença na Internet é pouco notória. José Serra dos Reis, candidato pelo Bloco de Esquerda, Jorge Fael, candidato da Coligação Democrática Unitária e Nuno Reis, candidato do Partido Popular estruturam toda a sua comunicação nas páginas oficiais dos diversos partidos. A blogosfera, o “Twitter” ou o “Youtube” acabam por passar à margem da maior parte dos candidatos. Canavilhas lembra assim que todo este potencial apresentado pelos novos meios requer “uma utilização que obedeça a um conjunto de regras, para que não exista uma desadequação entre o meio e a mensagem”.
Neste novo mundo da Internet, ainda parece existir uma grande área de exploração para os políticos. Contudo, existem já alguns projectos que tendem a abraçar as novas tecnologias e a conquistar mais uma forma de transmitir a mensagem política.


Os candidatos conquistam já os seus lugares na Internet
Os candidatos conquistam já os seus lugares na Internet


Data de publicação: 2009-09-01 01:43:11
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