A imitação é a capacidade de interacção entre os indivíduos que tendem a ser influenciados através dos exemplos-cópia que cada um transmite de forma unilateral ou recíproca. Na organização a imitação adopta três tipos de comunicação: comunicação descendente (ou hierárquica), comunicação ascendente (ou salarial) e comunicação horizontal (ou cruzada). A comunicação descendente é realizada do nível hierarquicamente superior para o inferior. A comunicação ascendente segue o sentido inverso: do inferior para o superior e encontra-se subordinada aos limites que a Direcção permite. A comunicação horizontal realiza-se, geralmente, entre elementos da organização com funções laborais semelhantes ou cuja cordialidade permite um tratamento de proximidade. O princípio da informação pública, que corresponde em termos interpsicológicos à imitação dos princípios do jornalismo por parte dos profissionais de relações públicas, configura-se como um modelo comunicação imprescindível para a dinâmica social da organização. Do mesmo modo, o two-way symmetric model (reciprocidade e simetria entre emissor e receptor) constitui um meio de comunicação por imitação recíproca e intercompreensão efectiva. Gabriel Tarde em As Leis da Imitação refere: «mesmo no caso em que a acção das leis lógicas não intervém, não é somente o superior que se faz imitar pelo inferior, o patrício pelo plebeu, o nobre pelo vilão, o clérigo pelo leigo, mais tarde o parisiense pelo provinciano, o homem das cidades pelo camponês, etc.: é ainda o inferior que, numa certa medida, bem menor é verdade, é copiado ou tende a ser copiado pelo superior. Quando dois homens estão em presença e em contacto prolongado, por mais alto que seja um e por mais baixo que seja o outro, eles acabam por se imitar reciprocamente, mas um muito mais e o outro muito menos».
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