Cursos da UBI com elevada taxa de empregabilidade

Segundo um estudo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, os licenciados na Universidade da Beira Interior têm conseguido uma boa entrada no mercado de trabalho. A análise feita aos últimos dez anos dá uma taxa de empregabilidade de 90 por cento aos licenciados na Covilhã.

Cerca de 90 por cento dos alunos que frequentam os cursos da Universidade da Beira Interior conseguem emprego logo após terminarem os seus estudos. Os números, avançados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, foram tornados públicos pelo Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais.
A análise reporta-se aos últimos dez anos de actividade e tem como intuito verificar o número de alunos que entram no mercado de trabalho através de estágios profissionais ou outro tipo de programas de inserção profissional nas empresas. Um documento, elaborado a nível nacional, que tem também o intuito de assinalar as áreas de maior procura por parte do mercado de trabalho e as áreas que se encontram com excesso de recursos humanos.
Segundo Tiago Sequeira, pró-reitor responsável por este gabinete, “estão já a ser delineadas medidas para melhorar, ainda mais, estes números”. O pró-reitor avança com um conjunto de actividades que estão pensadas para o Gabinete de Estágios e que devem ser aplicadas em breve. Tiago Sequeira explica que a partir de Setembro a UBI vai "alargar o leque de empresas que são parceiras da instituição na promoção de estágios profissionais”. Esta abertura ao exterior passa, não só, “por uma maior diversificação em termos de áreas profissionais, como também, por uma forte internacionalização”.
Na perspectiva do pró-reitor, “a aposta em estágios profissionais no estrangeiro abre um conjunto alargado de oportunidades aos alunos da UBI”. Estas medidas devem ser implementadas, “juntamente com um acompanhamento permanente de alunos e empresas, e também com um maior número de acções de divulgação das ofertas de trabalho, por parte de diversas entidades, na UBI”.
Outra das grandes novidades que Tiago Sequeira espera implementar no Gabinete de Estágios é a análise de qualidade. Neste domínio, o pró-reitor explica que estão já a ser preparados mecanismos de controlo de qualidade “em relação aos estágios profissionais”. A partir deste ano “os nossos alunos vão poder pronunciar-se sobre a sua experiência, em termos de estágios profissionais”. Um ponto que também irá contar “com a opinião das empresas que recebem os nosso licenciados”. No entender do pró-reitor, este é um aspecto de “extrema importância, que irá ser realizado através de vários questionários e medidas pensadas em conjunto com o Gabinete de Qualidade”. Certificar a qualidade dos estágios que são atribuídos aos alunos da UBI e garantir o bom desempenho destes no mercado de trabalho são os objectivos mais prementes desta iniciativa.
Para já, o estudo do ministério aponta uma elevada empregabilidade nos cursos de Engenharia. Mas esta não é uma área isolada. Gestão e Economia, Ciências do Desporto, Ensino da Matemática, Química Industrial, Optometria e Português-Espanhol são outras formações que continuam a ter muita procura por parte do tecido empresarial.
Rogério Palmeiro, do Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais, adianta que “na área das Engenharias, acontece muitas vezes não termos licenciados suficientes para a procura elevada por parte das empresas que nos contactam”. O mesmo garante ainda que “as relações com as entidades empregadoras iniciam-se muito tempo antes da conclusão das formações académicas, revestindo numa primeira fase a figura de estágios de aproximação à vida activa ou de verão e avançando após conclusão das licenciaturas para estágios do tipo profissional e contratação pelas empresas”.
Esta análise, publicada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, divulga a taxa de empregabilidade dos cursos com diplomados nas várias instituições de ensino superior com base em dados do Instituto de Emprego e Formação profissional, na qual a UBI se orgulha de figurar bem colocada quando comparada com as suas congéneres nacionais.