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      Edição: 494 de 2009-07-07   Estatuto EditorialEquipaO Urbi ErrouContactoArquivo •  
Luís Garra continua a tentar uma reunião com o primeiro-ministro

Região ofuscada por gesto de Pinho

No dia em que os responsáveis da União de Sindicatos da Beira Baixa (USBB) se deslocaram à capital com o intuito de dar a conhecer ao primeiro-ministro “o estado de abandono” em que se encontra o distrito, o gesto indecoroso de Manuel Pinho na Assembleia da República acabou por ofuscar esta iniciativa.

> Eduardo Alves

Há muito que a USBB procura José Sócrates, mas o destino ou outras condicionantes, parecem sempre retardar este encontro. Um tempo que serviria “para chamar a atenção ao chefe do Governo, sobre os graves problemas que atravessa o distrito”, diz Luís Garra.
A insistência da força sindical já fez com que um dos diversos assessores de Sócrates se mostrasse disponível para ouvir as palavras destes representantes dos trabalhadores, “mas é o primeiro-ministro quem as deve escutar”, reitera o presidente da USBB. O qual parece não ter apenas “garra” no nome, mas fazer vingar este conceito e tentar por tudo ente encontro.
Foi nesse sentido, que no passado dia 2 de Julho, uma comitiva de representantes de trabalhadores e elementos do USBB saiu da Covilhã rumo a Lisboa. “No dia em que se fazia o retrato do Estado da Nação, na Assembleia da República, resolvemos ir até Lisboa, mostrar as nossas preocupações ao primeiro-ministro e comunicar-lhe o nosso protesto pelas políticas seguidas”. Contudo, mais uma vez, agora já nos corredores da Assembleia da República, calhou na sorte de trabalhadores e sindicalistas, “um assessor”. O encontro que Garra agradeceu “mas que teve de ser recusado”. Isto porque, explica o sindicalista, “se o primeiro-ministro tem tempo para reunir com tantas entidades deverá encontrar tempo para nos ouvir”. Mas no plenário, o gesto indecoroso do ministro da Economia, Manuel Pinho, acabava com qualquer possibilidade de encontro entre o chefe do Governo e os beirões.
“Acabámos por alertar a opinião pública da capital e outros agentes sociais com o comunicado que levámos”. Um documento que espelha a necessidade de “se ter para esta região um verdadeiro compromisso, sério, de política de emprego e de aposta económica na potenciação do desenvolvimento das empresas, por parte do Governo”. Este conjunto de medidas deve, no entender dos membros da USBB, ser um plano que tenha em mente o aproveitamento das potencialidades “e do saber fazer desta região”. Lembram também ao governo que “não é por falta de diagnósticos, estudos e soluções, que não se resolve a crise”.
Numa região “que está moribunda”, descreve o representante sindical, existem baixos salários, “que geram baixas pensões, o que é ainda mais sentido num distrito envelhecido e deprimido como o nosso”. Garra diz ainda que nesta região existe a capacidade de produção de competências, através dos jovens que se formam na UBI, mas que depois “nem sempre encontram respostas para a sua vida”, acrescenta.


Luís Garra continua a tentar uma reunião com o primeiro-ministro
Luís Garra continua a tentar uma reunião com o primeiro-ministro


Data de publicação: 2009-07-07 00:03:00
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