Despedimentos na Mateus & Mendes voltam a gerar polémica
Na passada semana, o Partido Comunista Português, através da sua distrital de Castelo Branco, questionou o ministério da tutela sobre o encerramento da empresa “Mateus & Mendes”. Desta vez, foi o Bloco de Esquerda que pediu resposta ao processo onde foram desempregadas mais 150 funcionárias.
> Eduardo AlvesOs membros do Bloco de Esquerda, com representação na Assembleia Municipal de Castelo Branco pediram alguns esclarecimentos à edilidade albicastrense sobre os possíveis apoios dados à empresa Mateus & Mendes. Uma unidade fabril que encerrou portas no passado dia 22 de Junho, “sem aparente motivo”, lançando para o desemprego 150 funcionárias.
Já na passada semana, a distrital de Castelo Branco, do Partido Comunista Português (PCP) tinha questionado o ministério da tutela e a Assembleia da República, sobre este encerramento. Segundo o Bloco de Esquerda, para além da situação em que foram colocadas as funcionárias “a documentação que lhe foi entregue apenas lhes garante o subsídio de desemprego, mas não lhes dá acesso ao Fundo de Garantia Salarial”.
Os representantes desta força política consideram que “esta história deixa fortes desconfianças de legalidade. Mas acima de tudo deixa o total desrespeito com que as trabalhadoras foram tratadas pela entidade patronal. Como objectos descartáveis, as trabalhadoras foram deitadas fora”.
Estas 150 funcionárias ainda não receberam o ordenado do mês de Junho, “o subsídio de férias, o 13º mês e os direitos inerentes a este despedimento, sendo que a algumas fica ainda em falta o prémio de assiduidade de alguns meses”, acrescentam os membros do BE.
Esta força política quer agora encontrar respostas, por parte da autarquia albicastrense, “sobre os possíveis apoios autárquicos dados a esta empresa, possíveis compromissos da empresa para com o município e quais os procedimentos que o executivo teve para uma qualquer atitude de apoio às suas munícipes”. Para além destas interpelações, os deputados bloquistas da assembleia municipal, vão ainda solicitar junto da Autoridade para as Condições de Trabalho, “uma intervenção qualificada e rápida que assegure o cumprimento dos direitos das trabalhadoras” e junto do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social “informações sobre o seu conhecimento desta situação e quais os procedimentos adoptados”, garantem.
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