Obra de Raul Lino em destaque na Covilhã
Algumas das obras de um dos mais conhecidos arquitectos portugueses do início do século XX vão estar em exposição na Covilhã. O espaço Patrimonivs – Museu de Arte e Cultura, acolhe uma mostra sobre a vida e obra de Raul Lino
> Eduardo AlvesEntre 7 e 31 de Julho, o espaço Patrimonivs – Museu de Arte e Cultura vai acolher fotos, documentos e outros objectos que retratam a obra de Raul Lino da Silva. Um dos mais conhecidos arquitectos do início do século XX, em Portugal, é agora recordado. Neste evento vão estar também representadas algumas das casas concebidas por Lino, que estão edificadas na Covilhã.
Raul Lino nasceu em Lisboa, no dia 21 de Novembro de 1879 e faleceu a 13 de Julho de 1974. Filho de comerciantes abastados estudou em Inglaterra, entre 1889 e 1893. Mas acabaria por ser a Alemanha, local onde também estudou, a marcá-lo profundamente. Em 1893, o arquitecto formado em Inglaterra, viaja para a Alemanha onde trabalha com Albrecht Haupt. Aí desperta a sua consciência artística nas áreas da estética e da arquitectura.
O regresso ao território luso ocorre em 1897. Mais de 70 anos de trabalho, quer como arquitecto, quer como artista, conferem a Raul Lino um estatuto maior na área cultural. Com uma visão cultural abrangente, foi um dos sócios fundadores da Academia Nacional de Belas Artes, que ainda chegou a presidir.
A obra que marca a sua carreira é o Pavilhão de Portugal, presente na Exposição Universal de Paris, em 1900. Mas a obra de Raul Lino, passa também pela loja Gardénia, no Chiado, Loja das Meias, no Rossio, Teatro Tivoli, na Avenida da Liberdade, casas de habitação de António Sérgio e Monsalvat da família Alexandre Rey Colaço, Schalk, Batalha Reis e Vila Tânger no Estoril, bom como a casa do Cipreste do próprio autor e a casa dos Penedos em Sintra, para além de outros exemplos.
Na Covilhã também podem ser encontradas diversas obras de Raul Lino, como é a casa António Vaz de Macedo (antiga casa Maria José Alçada – 1921), casa Nave Catalão (junto ao Arquivo Municipal – 1921), casa Francisco da Silva Ranito (Rua Conde da Covilhã – 1924), casa José António de Faria Veloso (Rua da Saudade – 1924), casa António Maria das Neves (Estrada para a Boidobra – TCT – 1923), casa Guilherme de Moura Neves (junto ao Sanatório dos Ferroviários – 1931) e Mausoléu da família Francisco Silva Ranito (1926).
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