Comunistas contestam encerramento de empresa
A delegação de Castelo Branco do Partido Comunista Português questionou dois ministérios, a propósito do encerramento da empresa Mateus e Mendes, em Castelo Branco. O fecho desta entidade lançou no desemprego mais 150 funcionárias.
> Eduardo AlvesNo momento em que estava para ser apresentado o plano de recuperação, surge o encerramento da empresa Mateus e Mendes, em Castelo Branco. Uma decisão agora contestada pelo PCP distrital junto do Ministério do Trabalho e da Segurança Social e do Ministério da Economia.
Esta empresa, do sector do têxtil e vestuário, que empregava cerca de 150 trabalhadoras entrou em processo de insolvência devido às graves dificuldades financeiras que apresentava há já algum tempo. Contudo, “precisamente no momento em que o administrador de insolvência deveria apresentar um plano de recuperação, surge o anúncio do despedimento de todas as trabalhadoras e do fim da empresa”, adiantam os comunistas.
Em carta dirigida aos responsáveis ministeriais através do deputado da Assembleia da República, João Oliveira, os mesmos esclarecem que “as propostas apresentadas pelo sindicato, que incluíam por exemplo a suspensão dos contratos de trabalho até que houvesse uma decisão da assembleia de credores sobre a falência ou a recuperação da empresa, não foram consideradas e avançou-se para o despedimento”.
Esta situação que o PCP de Castelo Branco considera “preocupante, pelo que significa de destruição de postos de trabalho numa região já tão flagelada pelo desemprego”.
Por estas razões, os membros do PCP querem agora conhecer “as informações que o Governo tem sobre esta situação e que medidas tomou para evitar o encerramento da empresa e defender os direitos das suas trabalhadoras”. Interrogações colocadas de forma geral para avaliar mais um caso onde “a equipa governativa “deveria empenhar-se em defender os postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores, mas assistimos ao cruzar de braços perante as dificuldades sem que haja qualquer intervenção concreta para manter postos de trabalho e apoiar empresas em dificuldades”.
Para os membros do PCP, que aguardam agora resposta a este conjunto de questões, “é inaceitável que o Governo continue a tentar ignorar que milhares de trabalhadores continuam a ser tratados como peças descartáveis de uma máquina de fazer fortuna nas mãos de uma pequena minoria e vêem os seus postos de trabalho serem destruídos e o seu futuro posto em causa”, sublinham.
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