Vesticon pode ser viabilizada
A empresa sedeada no Bairro do Cabeço, Tortosendo, que desde Abril entrou em processo de insolvência, pode agora ser recuperada por um grupo de investidores ingleses. Segundo o jornal Diário XXI, o negócio está praticamente concluído, aguardando-se agora a resposta das funcionárias.
> Eduardo AlvesO futuro da Vesticon, confecção do ramo têxtil localizada no Tortosendo, depende da resposta das cerca de 200 funcionárias. Desde Fevereiro que este grande grupo de mulheres está sem receber ordenados, situação que ficou ainda mais complicada, quando em Abril passado, a empresa entrou em processo de insolvência.
Contudo, um grupo inglês parece estar interessado na recuperação da fábrica. Segundo a notícia avançada pelo jornal Diário XXI, no plano de viabilização que foi entregue no Tribunal da Covilhã, a compra de 75 por cento do capital da empresa por parte dos ingleses é o passo mais fiável para a continuação desta no mercado. Um negócio que envolve 450 mil euros e que tem ainda como garantia, uma actividade laboral da fábrica portuguesa que irá abastecer 157 lojas do Reino Unido.
Claudino Martins, administrador da empresa, adiantou ao mesmo jornal que o negócio estava a ser estudado há vários meses. A mesma fonte acrescenta ainda que os contornos desta solução vão ser conhecidos em pormenor no próximo dia 13 de Julho, quando se realizará nova assembleia de credores, e aí, tudo poderá ficar decidido. Caso os dois bancos e a Segurança Social, que representam mais de 66,6 por cento do capital em dívida, votem favoravelmente a venda da empresa aos ingleses, a laboração poderá voltar a ser retomada. Desde o passado mês de Abril que mais de cem funcionárias solicitaram a rescisão de contratos e ligação à empresa. Contudo, o número de encomendas tem vindo a aumentar e os responsáveis pela confecção tortosendense estão já a solicitar às mesmas pessoas que regressem ao trabalho.
Luís Garra, presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB), ouvido pelo mesmo jornal, adianta que solicitou já uma reunião com o administrador de insolvência. Um encontro que deverá servir para aclarar todos os contornos desta nova solução e também, qual a solução encontrada para os salários em dívida às funcionárias. Só depois deste encontro Garra irá reunir com as trabalhadoras, para, “em conjunto se decidir o sentido de voto”.
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