(Re)Pensar África

Com o objectivo de comemorar o Dia de África, os estudantes africanos da UBI, dirigidos por Domingos Nzau, docente do Departamento de Letras da UBI, realizaram várias actividades culturais com o propósito de (Re)pensar África: passado, presente e futuro. Pela primeira vez foram organizadas a noite Interactivo-Cultural e a exposição «Mesa de África», a colocar mais interactividade nas comemorações.

Os alunos africanos da UBI organizaram conferências sobre temáticas africanas, uma noite Interactivo-Cultural e uma exposição "Mesa de África" para para comemorar o Dia de África, que se celebrou no passado dia 25 de Maio. As novidades desta edição de comemoração do Dia de África foram a noite Interactivo-Cultural que se realizou na antiga Ex-Libris, no dia 26 de Maio, e onde esteve presente a cultura africana através de música, desfile de trajes típicos africanos e dança com a actuação do grupo de "kuduristas" de Lisboa e de Estudantes africanos da UBI. Segundo Margarida Ribeiro, representante da comunidade africana ubiana "apesar de nos encontrarmos em época de frequências, ficamos surpreendidos pela positiva com a adesão das pessoas ao evento".
A exposição "Mesa de África" realizou-se no Cine-Teatro e consistiu na apresentação e serviço ao público de comidas típicas de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde. Entre aperitivos como Jinguba (Angola, Moçambique), bebidas como Kissangua (Angola), Mahaeu (Moçambique), Sumo de Cabaceira (Guiné-Bissau), serviu-se o almoço que podia variar entre Muamba (Angola), Mucapata e frango à Zambeziana (Mocambique), Yassa (Guiné-Bissau) e Cachupa (Cabo-Verde). Entre a gastronomia podiam-se observar objectos típicos de cada um dos países.
Nas conferências realizadas no auditório da Biblioteca Central, apresentadas por Graça Sardinha, docente do Departamento de Letras da UBI, debateram-se temas como Afro-Estudantil: pensar, querer e agir por Filomão Cubola, Investigador Africano; A ‘África renascida’ na perspectiva de três dos seus pensadores: Léopold Sédar Senghor, Frantz Fanon e Amílcar Cabral, por José Carlos Venâncio, docente da UBI, e onde foram apresentadas Memórias de África pela voz de quem lá viveu por ex-combatentes em África e também membros da Liga dos Combatentes por João Cruz Azevedo, presidente do núcleo da Covilhã da Liga dos Combatentes, e pelo historiador Afonso Conceição de Mesquita, entre outros.
A importância de se (Re)pensar África, de se fazerem intercâmbios entre alunos africanos e portugueses, foi debatida e posta em causa nos dias 25, 26 e 27 de Maio, com o fim de não deixar passar em branco este dia do continente africano.