Café Literário recorda Aristides de Sousa Mendes
A jornalista freelancer, Miriam Assor esteve presente no Café Montiel para apresentar o seu livro Aristides de Sousa Mendes - Um Justo Contra a Corrente.
> Sara SusanoMiriam Assor foi a convidada do Café Literário realizado na semana passada no café Montiel. O tema de conversa foi o livro escrito pela jornalista sobre Aristides de Sousa Mendes, um diplomata português que se recusou a obedecer às leis do seu regime, o regime de Salazar. Aristides de Sousa Mendes – Um justo Contra a Corrente trata-se de uma obra de cariz foto-biográfico e documental, sobre o humanista que em 1940 conseguiu salvar mais de 30 000 pessoas da perseguição nazi.
Manuel da Silva Ramos foi quem apresentou a autora e a sua obra. Na apresentação foi referido o humanismo de Sousa Mendes e a pertinência da jornalista ao decidir investigar e ir junto das pessoas ligadas ao diplomata, durante a investigação para a realização do livro. A obra utiliza também como referência documentos de arquivo que «desapareceram e voltaram a aparecer em determinados períodos da história portuguesa». No final da apresentação de Silva Ramos, os Jograis U…Tópico fizeram a leitura de documentos e legislação vigentes durante a vida de Aristides de Sousa Mendes.
Quando lhe foi dada a palavra, Miriam Assor falou dos dias que esteve fechada em arquivos a analisar documentos, nos dias que andou a entrevistar familiares de pessoas que foram salvas por Sousa Mendes, e mostrou o seu ponto de vista respeitante aos familiares das pessoas que foram salvas por ele e que segundo a autora, “continuam, por vezes, a não lhe dar o devido valor”.
No período dedicado à discussão do livro, entre intervenções pertinentes acerca do assunto, foi perguntado a Miriam Assor que luto é que ela fazia como homenagem a Aristides de Sousa Mendes ao que ela respondeu que “se fosse cantora, cantava, se fosse médica, exercia a profissão o melhor que podia, mas como sou jornalista e escritora, escrevo”.
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