“Estão dados os primeiros passos para termos uma universidade mais forte”

Urbi@Orbi – Para além do apoio de todos os docentes, alunos e funcionários, o reitor irá também trabalhar, de forma bem próxima, com o Conselho Geral. Qual a sua opinião sobre o funcionamento e as competências deste órgão?
João Queiroz – [Ver Resposta] – O Conselho Geral é o órgão soberano da universidade e é de extrema importância. Nele tenho a máxima confiança e espero poder corresponder e cooperar com o Conselho Geral para tudo aquilo que é a dignificação, crescimento e consolidação deste órgão. Dando importância a todo o Conselho Geral, tenho de realçar a participação dos membros externos que tem sido de vital importância para nos ajudarem a ver qual o melhor caminho, darem apoio nas ligações ao exterior e darem apoio a um maior campo de acção da UBI. Neste ponto há que dar uma palavra muito especial ao professor Carlos Salema, cujo convite para participar e eleição para presidir a este órgão, só dignifica ainda mais esta estrutura. Como investigador, docente e empreendedor, vai ajudar-nos nesta caminhada nos próximos anos.

Urbi@Orbi – O professor Carlos Salema foi recentemente distinguido com o prémio carreira da União Radiocientífica Internacional. Uma distinção que vem reforçar essa sua ideia, presumo?
João Queiroz – [Ver Resposta] – É mais um motivo de orgulho para a UBI ter um presidente de Conselho Geral dessa craveira. Para além da forma e da imagem como ele se tem afirmado ao longo de toda a sua vida, quer ao nível da investigação, da docência, quer também dos cargos que exerceu em termos nacionais e internacionais. Tenho de publicamente felicitá-lo por esse facto, em nome da UBI, quer pela sua postura enquanto presidente do Conselho Geral, mas também por toda a sua carreira.

Urbi@Orbi – Uma pessoa a quem a UBI deve também o Instituto de Telecomunicações...
João Queiroz – [Ver Resposta] – Sempre notei a forma muito positiva como o professor Carlos Salema refere que tem um pólo do IT na Covilhã. Prova disso são também as muitas formas de apoio à investigação e à consolidação da mesma, nesta área. Tem dado um contributo excelente ao longo dos anos, e esteve na Assembleia Estatutária onde deu o seu contributo para a criação dos nossos novos estatutos.

Urbi@Orbi – A figura do Provedor do Estudante também é nova na vivência da academia. Que expectativas tem deste cargo?
João Queiroz – [Ver Resposta] – Considero que vai ser mais um parceiro na consolidação da universidade. Vai ser uma pessoa que nos irá ajudar a afirmar a instituição pelas suas metodologias pedagógicas, pelos seus cursos e recursos, pelo melhor funcionamento das comissões de curso, e vai estar junto dos Conselhos Pedagógicos, das Faculdades, dos serviços da universidade, e tenho a certeza de que vai ajudar na resolução e identificação de algumas problemáticas inerentes à vivência académica. Uma função que não é feita apenas junto dos alunos, mas também ao lado dos serviços, das faculdades, através dos seus conselhos pedagógicos. A minha disponibilidade para colaborar, para ajudar e para dar a importância ao cargo do provedor, é a máxima.

Urbi@Orbi – Um dos pontos referidos por todos os candidatos ao cargo de reitor foi o da escolha de um administrador, quadro fundamental para a gestão da UBI. Já tem o perfil da pessoa em causa?
João Queiroz – [Ver Resposta] – Está já delineado um perfil e tenho já alguns contactos feitos. Mas gostaria de ter um administrador que tivesse alguma experiência a nível do ensino superior e a nível da gestão de projectos e de financiamentos. Uma pessoa que conseguisse ajudar a UBI, e neste caso, o reitor, a reorganizar serviços e a preocupar-se com muitas das matérias do dia-a-dia, que não competem ao reitor.

Urbi@Orbi – O professor João Queiroz tem também vindo a defender a investigação e avança com o início de actividade de um instituto dedicado em exclusivo a essa área. Quais são as metas que espera atingir com esse instituto?
João Queiroz – [Ver Resposta] – O Instituto Coordenador de Investigação é uma oportunidade para reorganizar e pensar a investigação na Universidade da Beira Interior. Investigação que tem vários níveis. Tem áreas onde praticamente não existe investigação organizada e tem áreas onde existe uma investigação forte e consolidada, com bastantes pessoas, e que tem classificações muito boas, atribuídas por organismos internacionais, que têm de se manter e continuar no bom caminho.
É extremamente importante reorganizar e repensar a investigação na UBI, para obtermos mais receitas próprias, através de projectos nacionais e internacionais, com empresas, mas também com organismos científicos e fundamentalmente para que a investigação, no futuro, seja cada vez mais reconhecida internacionalmente. Publicações de qualidade, regularidade no número de papers produzidos, aumento do registo de patentes e parcerias com as empresas.
Nesta área, ainda há muito que evoluir e ainda há muito para fazer. No campo da publicação, da consolidação e da transferência da investigação que se faz na UBI para as empresas joga-se um papel fundamental. Isto também está ligado ao sistema de incentivos que eu penso implementar para que os mais jovens consigam ter uma fase de iniciação que também é importante para depois, mais tarde, mostrar os seus frutos.

“É extremamente importante repensar toda a investigação”

“Pretendo criar uma cultura de qualidade”

“Os desafios devem ser encarados como oportunidades”