Desemprego marca Dia do Trabalhador
Um pouco por toda a região, a União de Sindicatos assinalou o Dia do Trabalhador. Na data histórica que assinala os direitos de quem trabalha, foi o desemprego que acabou por ocupar a maioria dos discursos.
> Eduardo AlvesAs ruas da “vila operária” foram preenchidas por uma marcha do 1 de Maio como há muito não se via. No Tortosendo, que volta agora a ser assolado por mais uma leva de desempregos originados pelo encerramento de uma confecção, decorreu uma das mais significativas manifestações.
Para além da maior vila do concelho, também a Covilhã acolheu eventos que assinalaram este dia. A tradicional marcha entre a Vila do Carvalho foi também seguida por uma prova de atletismo, culminando ambas na Praça do Município. A União de Sindicatos da Beira Baixa promoveu ainda eventos nas Minas da Panasqueira e em Unhais da Serra.
Os discursos apresentados pelos representantes desta associação basearam-se em mais empregos, melhores salários e mais direitos laborais. Num tempo onde a taxa de desemprego ultrapassa já os dez pontos percentuais, trabalhadores e entidades sindicais mostram-se cada vez mais relutantes num futuro de recuperação.
“A grave situação económica, social e laboral do distrito e as dificuldades crescentes com que se debatem os trabalhadores têm de terminar”, adiantaram os responsáveis sindicais durante a manhã, no Tortosendo.
A USCB promoveu também, na noite do 1 de Maio, na sede do Grupo Desportivo da Mata, um debate com a participação de António Assunção, historiador e autor do livro “A História do Movimento Operário da Covilhã”.
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