Robot da UBI em concurso internacional
Uma equipa de cinco alunos de Engenharia Electromecânica, com o apoio de um docente da área, desenvolveu um robot completamente autónomo, que vai agora integrar um concurso internacional onde serão colocados em prova diversos aspectos. Os “Betas” testam a sua máquina, esta semana, em Castelo Branco.
> Eduardo AlvesAs três rodas ligam as várias placas electrónicas ao solo. Uma pequena bateria dá energia suficiente para que este conjunto de transístores, circuitos e fios de cobre, se possa deslocar sobre superfícies lisas. Os seus “olhos” são câmaras e sensores que lhe foram acoplados para interpretar o meio ambiente e reagir como programado.
Está ainda assim, numa forma inacabada, o robot desenvolvido por Marli Barbosa, Virginie Felizardo, Diogo Correia, Tiago Moreira, Luís Cardoso e Fábio Castanheira, alunos de mestrado de Engenharia Electrotécnica e de Computadores.
Um robot capaz de percorrer trajectos assinalados ou também predefinidos, mas que tem ainda a capacidade de ler obstáculos e ordens que lhe são transmitidas do exterior e reagir aos mesmos. Requisitos mínimos que são indispensáveis para participar no próximo concurso de “Robótica 2009”.
Uma competição internacional onde vão estar em prova diversos países com um número significativo de robots. Segundo Felippe de Souza, docente que acompanhou todo o trabalho dos alunos, “o objectivo principal do desenvolvimento deste robot foi o de participar no concurso”. Devido à proximidade do local onde este evento se realizava, “não quisemos de deixar estar presentes”. Mas esta participação da UBI serve também “para mostrar que os alunos já têm os conhecimentos suficientes para construírem um objecto desta complexidade”, lembra o docente.
Todo o robot foi desenvolvido pelos seis alunos ao longo das aulas práticas que desenvolvem no seu mestrado. Segundo o grupo, o principal objectivo passa por “integrar esta competição”. Se a isso se vier a juntar um bom lugar na classificação “então será quase a perfeição”. O robot que consegue mover-se em todas as direcções irá percorrer um circuito desenhado pela organização da prova. Através dos seis 16 sensores irá seguir as pistas para percorrer o trajecto. No meio deste “podem aparecer sinais que lhe indiquem que deve virar à esquerda ou à direita, ou até não seguir por um determinado sentido”. Múltiplas informações que serão também recolhidas por uma câmara que está ligada a todo o circuito do robot.
Segundo os alunos, este tipo de “exercício prático” mostrar-se uma actividade bastante interessante e complementar às aulas teóricas. E serve também para colocar em prática os conhecimentos adquiridos durante o curso, pensando aperfeiçoar esses mesmos conhecimentos.
Todo o projecto entra agora “em velocidade de cruzeiro”. A pouco mais de uma semana, “ainda estamos a fazer testes e a acertar algumas coisas”. O robot está quase pronto “e, com toda a certeza, capaz de participar”. Os “Beta”, nome da equipa da UBI, esperam agora colocar em pista o seu robot na nona edição da Conference on Autonomous Robot Systems and Competitions.
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