Trabalhadoras do Tortosendo manifestam-se no Pelourinho
Cerca de 250 trabalhadoras de duas unidades fabris da vila do Tortosendo manifestaram-se na passada semana, na Praça do Município, na Covilhã. Um gesto que teve como objectivo alertar para a situação precária em que trabalham.
> Eduardo AlvesForam mais de duas centenas e meia de trabalhadoras que estiveram na passada semana, na Praça do Município. Vieram do Tortosendo, a maior vila do concelho e também a que reunia até há bem pouco tempo, o maior número de empresas do ramo dos têxteis e confecções, para mostrarem a indignação relativamente às duas empresas onde trabalham.
No passado dia 25 de Março, a Vesticon, empresa sediada no Bairro do Cabeço que emprega cerca de 200 trabalhadoras, apresentou um pedido de insolvência no Tribunal da Covilhã. Foi um dos pontos mais negros de uma história que tem já vários capítulos com as operárias a serem sempre “desfavorecidas”. Diversas funcionárias falaram, na manifestação simbólica realizada na sede do concelho em “falta de pagamento de ordenados, de subsídios de férias e Natal”. Trabalhadoras que estão em situação cada vez mais complicada “e com o desemprego a bater à porta”.
Mas também a Gil e Almeida, sediada no Bairro dos Pinhos Mansos parece estar em igual situação. Segundo algumas funcionárias desta empresa de confecções, os ordenados têm vindo a ser pagos “por partes” e as condições de trabalho “também são bastante degradantes”. O Sindicato Têxtil da Beira Baixa fala numa situação bastante grave, quer a nível laboral, quer também a nível social, numa localidade onde as confecções a as fábricas têxteis representavam a maior fonte de rendimentos.
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