Contas de gerência têm “luz verde”
Na passada sexta-feira, a maioria social-democrata, em funções na Câmara da Covilhã, aprovou as contas de gerência de 2008. Numa sessão marcada pela discussão dos números apresentados, foram ainda abordadas formas de apoio aos idosos.
> Eduardo AlvesA dívida da Câmara da Covilhã é, nesta altura, de 87,8 milhões de euros. O valor foi tornado público na mais recente sessão camarária. Num dia em que foram aprovadas, com os votos dos vereadores do PSD, as contas de gestão da edilidade serrana, os dois eleitos socialistas, na oposição, garantiram que estava a ser feita “uma operação de cosmética”. Isto porque, “a dívida da autarquia covilhanense está a crescer de forma galopante e não tem actualmente um valor ainda mais elevado porque alguma coisa foi esbatida com a venda de património”, refere Miguel Nascimento, vereador do Partido Socialista.
A discussão marcou a análise dos relatórios de contas, com o presidente da câmara social-democrata, Carlos Pinto, a defender que estas são “contas equilibradíssimas”. Isto porque, na opinião do autarca, o montante em dívida reflecte operações de investimento. Segundo Pinto, na Câmara da Covilhã “em cada mil euros gastos, 750 euros são para investimento em obra”.
Mas as divergências na leitura dos números parecem não ficar-se apenas pelas contas de gerência. Também o exercício financeiro do município foi alvo de análise. Quer os membros do PSD, quer o do PS recorreram aos Anuários dos Municípios Portugueses de 2007 e 2008 para encontrarem pontos de divergência. No entender do edil social-democrata, a dívida do município serrano, nunca chegou aos cem milhões de euros, como referiu a oposição e este ano, o montante em falta baixou. Já na óptica dos dois vereadores socialistas, a Câmara da Covilhã tinha, no ano passado, um montante em dívida superior a cem milhões de euros, que este ano foi diminuído “através da venda de capitais das Águas da Covilhã”.
Pinto acabou por sublinhar “a preocupação no investimento produtivo” que a autarquia tem vindo a fazer. O edil lembrou o apoio aos mais carenciados, com as refeições da cantina social a custarem um euro e também algumas verbas destinadas a ajudarem na compra de medicamentos. Um pedido que, segundo o social-democrata, tem chegado “cada vez mais” à autarquia.
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