Movimento 24 apresentou-se no Dia do Estudante

A UBI conta com um novo movimento estudantil. O Movimento 24 apresentou-se na passada quinta-feira, no sempre simbólico Dia do Estudante, e promete lutar pela acção social para os alunos colocando, desde logo, o Processo de Bolonha como alvo a reformular.

O Dia do Estudante  começa a cair no esquecimento dos estudantes. Outrora alvo de grandes lutas e manifestações, o 24 de Março tem passado, de há uns anos para cá, ao lado dos alunos da UBI.
Aproveitando o cariz simbólico da data, o Movimento 24 agendou a sua apresentação à Universidade para relembrar o espírito do dia. Assim, quem passasse pela porta principal do pólo 2 iria com certeza reparar num grupo de estudantes que distribuía panfletos alertando para a necessidade de novas lutas estudantis.
João Gil, aluno de Ciências do Desporto, é o líder de um movimento “que decidiu que era importante lutar pelos direitos dos estudantes” e que “a melhor forma de o fazer é organizarmo-nos”. O líder, garante que o movimento “está contra medidas que atacam os direitos dos estudantes, como Bolonha, propinas, etc. Lutamos por mais acção social escolar e problemas concretos da UBI, como a falta de cantinas com preço social”.
Questionado sobre a luta específica contra o processo de Bolonha, João Gil é peremptório ao afirmar que “Bolonha não traz benefícios aos estudantes pois a divisão em ciclos cria a ilusão de que saímos com uma licenciatura ao fim de três anos, mas que na realidade não o é porque ninguém nos contrata como licenciados. Somos obrigados a tirar o 2º ciclo, que, obrigatoriamente, irá implicar mais propinas.”
Sobre o futuro, Gil garante que “as nossas formas de protesto irão ser as que os estudantes exigirem”, sendo  “o contacto com eles a nossa principal forma de agir”.
O Movimento 24 conta já com mais de 20 estudantes inscritos e está aberto a todos os alunos que queiram lutar pelos direitos dos estudantes.