Conselho Geral aprova candidaturas

Na reunião do passado sábado, 7 de Março, o Conselho Geral da UBI aprovou as quatro candidaturas a reitor da instituição. Amanhã, dia 11, é publicado o edital com os dias das audiências feitas aos candidatos e também os programas apresentados por estes.

O Anfiteatro das Sessões Solenes vai ser palco das audiências públicas aos quatro candidatos a reitor da UBI. Durante dois dias, os 29 membros do Conselho Geral vão ouvir as propostas apresentadas pelos docentes que concorrem ao lugar de reitor e vão também colocar algumas questões.
A forma como se vai processar a eleição para o lugar de maior responsabilidade na instituição foi decidida no passado sábado, 7. Num encontro de trabalho, o Conselho Geral aprovou as candidaturas de António Fidalgo, presidente da Faculdade de Artes e Letras, João Queiroz, presidente da Faculdade de Ciências da Saúde, Jorge Barata, docente do Departamento de Ciências Aeroespaciais e Manuel Santos Silva, actual reitor da instituição covilhanense.
Segundo Carlos Salema, presidente do Conselho Geral, “o edital vai apresentar já as datas das audições, o local e a ordem pela qual se vão ouvir os candidatos”. Um acto que será público e que tem a duração de duas horas e meia para cada um dos concorrentes. Tempo onde se espera “que apresentem a síntese do seu programa e que respondam a três questões colocadas pelo presidente do Conselho Geral, que serão iguais para todos os candidatos, mas também que respondam a algumas questões colocados pelos conselheiros”, explica Salema. Para além do edital com todas as informações relativas a este passo, serão também tornados públicos os diferentes programas dos candidatos. Todos os interessados podem assistir às audiências e “estamos a tentar fazer com que estas sejam também transmitidas através da Internet”, sublinha o presidente do Conselho Geral.
Depois desta fase, de carácter público, segue-se a escolha do futuro reitor da instituição. Ainda sem uma data concreta, “mas seguramente nas primeiras duas semanas de Abril”, Salema diz que o Conselho Geral deverá encontrar o futuro reitor “numa única reunião”. Para tal, defende que o método de votação a ser aplicado será o de “exclusão de partes”. Carlos Salema explica que a sua proposta de votação passa por “reunir todos os conselheiros e estes terão de votar nos quatro candidatos. Contados os votos, o que tiver menos sai e procede-se a uma nova votação com três candidatos, dos quais, o menos votado sai e quando tivermos apenas dois candidatos, um deles terá de conseguir a maioria dos votos para se tornar reitor da UBI”.
Este novo tipo de votação, na perspectiva de Salema “é uma muito melhor forma que a anterior, onde se tinha um Senado enorme e os votos estavam distribuídos de uma maneira que me parecia não reflectir correctamente os interesses dos vários corpos da universidade”. Para além disso, ao abrigo do novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), o reitor também é escolhido pelos membros externos. “Isso permite uma abertura da universidade à sociedade, até porque entram em linha de conta outros interesses que não são só os da universidade, como é o caso dos interesses regionais, nacionais e outros, o que a meu ver é um benefício”. O presidente do Conselho Geral explica que “neste órgão, temos, por exemplo, pessoas ligadas à indústria, quer em termos regionais, mas também nacionais e até internacionais, e seguramente vão tomar a sua decisão mediante o que acharem mais conveniente para a universidade, nesta matéria”. A UBI torna-se a terceira universidade nacional, a seguir a Lisboa e à Madeira, a escolher o novo reitor pelas regras do RJIES.