UBI cria plataforma de mobilidade

Os licenciados da UBI podem, a partir de agora, estagiar em empresas brasileiras sedeadas na cidade de Blumenau. Um acordo conseguido entre o Gabinete de Estágios da instituição covilhanense e um grupo de empresas brasileiras vai permitir a criação de uma plataforma de mobilidade profissional.

Na passada sexta-feira, 6 de Março, foram apresentadas aos alunos de Informática da UBI, as primeiras propostas de mobilidade para licenciados da UBI. O Gabinete de Estágios da universidade está a trabalhar em parceria com elementos da Universidade Regional de Blumenau (FURB), no sentido de “conseguir e garantir que alunos ou licenciados quer pela UBI, quer pela FURB venham a fazer um período de experiência profissional em Portugal, devidamente acompanhados pela UBI e enquadrados na legislação de estágios profissionais que existe em Portugal, ou no Brasil, acompanhados pela FURB e integrados no sistema de estágios brasileiro”, explica Rogério Palmeiro, da UBI.
A grande inovação deste programa, “reside no facto de termos jovens a ganhar conhecimentos profissionais e a desenvolver os seus projectos, em empresas estrangeiras”, sublinha Emerson Wagner Mainardes, da FURB. Há já algum tempo que a universidade covilhanense mantinha estreitos laços com a instituição congénere, nesta região do Brasil, “ligação essa que era igual à de tantas outras instituições e programas”, começa por explicar Emerson Mainardes. Os dois representantes acreditam que este “é um projecto pioneiro e inovador em Portugal”. Pela primeira vez, duas universidades decidiram por em prática um protocolo de mobilidade de licenciados que não passa exclusivamente por uma actividade académica, comum nos restantes programas”. Aquilo que agora esta plataforma vem trazer de novo “é a possibilidade de se começar a trabalhar e não contactar uma realidade ou instituição estrangeira, apenas do ponto de vista de estudos”.
O brasileiro, que está actualmente a terminar a sua tese de doutoramento, adianta que “a questão de exercer uma actividade profissional, ao nível de estágio, noutros países, é tão enriquecedor como a participação em programas académicos”.
Para os próximos tempos “existe já um conjunto de brasileiros que mostraram interesse em vir para Portugal trabalhar em empresas nacionais”. Quem o garante é Rogério Palmeiro que diz estar já a trabalhar em estreita colaboração com o grupo de empresas brasileiras representadas no Parkurbis. Quando à ida de jovens portugueses para a cidade brasileira de Blumenau, “tudo estará dependente da procura dos alunos e licenciados portugueses nas ofertas das empresas brasileiras”. Esse tipo de informação vai estar já disponibilizado, em breve, na nova base de dados do Gabinete de Estágios.
De entre as áreas de maior interesse, “a informática e a engenharia ganham destaque”, diz Rogério Palmeiro. Isto porque, Blumenau e as empresas da região “operam sobretudo em áreas de desenvolvimento de software e de outros componentes informáticos, mas também na engenharia mecânica e têxtil”. Contudo, o Gabinete de Estágios da UBI “está a procurar reunir ofertas, de empresas de vários sectores”, sedeada no outro lado do Atlântico.