Carnaval da Guarda regressa em força
Foram milhares as pessoas que responderam à chamada e que no passado dia 23 de Fevereiro assistiram ao espectáculo de Carnaval, Julgamento e Morte do Galo do Entrudo, nas ruas da Guarda.
> Eduardo AlvesMais de sete mil pessoas assistiram ao desfile dos foliões, no passado dia 23 de Fevereiro. O corso que foi desde o Jardim José de Lemos até à Praça Velha juntou muitos guardenses nas ruas e constituiu uma mostra “do trabalho apenas possível graças à participação activa de mais de 450 pessoas, entre técnicos, colectividades, músicos, actores e grupos convidados, todos eles, os verdadeiros responsáveis pelo sucesso deste espectáculo colectivo”, dizem os organizadores.
Já na Praça Velha, o julgamento teve honras de ópera bufa: os advogados de defesa (a soprano Helena Neves) e acusação (o tenor Sérgio Martins) cantaram os seus argumentos, mas no final o juiz decidiu-se pela morte do galináceo. Antes porém, o réu teve direito a um último desejo. Este ano, o galináceo quis ouvir a conterrânea, advogada, actriz e ex-deputada Odete Santos, e assim aconteceu. Do balcão da Mediateca VIII Centenário surgiu Odete Santos, que discursou sobre a crise e que acusou o tribunal de estar a usar o galo como bode expiatório. Mas de nada serviram os argumentos: depois da ex-deputada discursar e recitar a Balada da Neve, o galo sucumbiu às chamas e deu-se então início ao espectáculo de raios laser. Pelo meio, a organização distribuiu vinho da região ao público e no final foi servida uma monumental canja de galo. O Julgamento e Morte do Galo do Entrudo foi um espectáculo produzido pela Culturguarda/TMG para a Câmara Municipal da Guarda.
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