O papel de destaque da UBI

Já é conhecido o relatório final da avaliação feita pela European University Association. Os quatros membros desta instituição, com sede em Bruxelas, fizeram chegar aos responsáveis da instituição um documento de 19 páginas, no qual dão conta das “muitas mudanças positivas que foram implantadas na academia covilhanense.

Tove Bull, responsável pelas avaliações da European University Association (EUA), em Portugal, endereçou, na passada semana, o relatório sobre a avaliação que este organismo europeu fez à UBI.
No documento de 19 páginas, agora tornado público através do site da instituição covilhanense, dá-se a conhecer todo o trabalho realizado pela UBI, sobretudo a sua integração nos cenários regionais, nacionais e também na sua internacionalização. Os quatro membros da EUA, que estiveram por duas vezes na Covilhã, traçam também todas as suas considerações sobre os vários Departamentos e cursos, os serviços de apoio à actividade lectiva e a interligação entre responsáveis institucionais e estudantes.
Esta equipa identifica as muitas mudanças, “sobretudo nas áreas socioeconómicas e legislativas com impacto concreto, e não negligenciável, na organização interna e na esfera de acção da UBI”, afirmando, ao mesmo tempo, “a capacidade da universidade para as enfrentar”, adianta o documento.
Um dos pontos mais relevados nesta avaliação passa pelo apoio conferido pela UBI ao projecto Parkurbis. A ligação entre a Universidade da Beira Interior e a Câmara Municipal da Covilhã, com vista à criação deste parque de ciência e tecnologia, que se encontra já a funcionar há alguns anos, mereceu diversos elogios por parte dos avaliadores. Para além disso, o relatório faz ainda referência à localização desta academia. Se um dos pontos menos bons é a sua situação no interior do País, esse mesmo aspecto pode funcionar de forma positiva, uma vez que faz com que UBI seja a única estrutura com “capacidade instalada em todos os domínios científicos e estando assim com ausência de concorrência directa”. Condições que fazem com que “a nossa instituição esteja bem posicionada para assumir um papel de destaque no contexto regional”, diz Manuel Santos Silva. O reitor da academia covilhanense aponta também para o facto de “a nível nacional, a UBI poder marcar a diferença através de uma oferta formativa inovadora, das boas condições que oferece e da eficácia dos seus serviços”.
Este relatório, que pretende dotar as instituições universitárias que se propõem à avaliação, de uma ferramenta fundamental para o reforço das capacidades estratégicas, aponta também alguns sentidos para acções futuras. Nesse âmbito, a formação através de metodologias com aprendizagem fortemente centradas no aluno, a aposta nas novas tecnologias e na informatização da universidade e o fomento da investigação, são alguns dos temas que compõem este tópico.
Os membros da EUA recomendam ainda que o plano de acção a ser traçado pelos responsáveis da academia deverá, caso assim se entenda, ser enviado à comissão. Isto para que “se consiga incentivar a academia a manter a dinâmica de mudança iniciada pelo processo de avaliação e também, servir de referência a uma avaliação futura”, acrescenta o documento.