Câmara aumenta tarifa da água
Na última sessão de câmara, a maioria social-democrata confirmou que a tarifa da água, no município serrano teve de aumentar devido aos resultados da empresa municipal. Os vereadores socialistas não concordaram com a medida.
> Eduardo AlvesO aumento das tarifas da água aplicado pela empresa municipal Águas da Covilhã, aos seus clientes foi um dos principais assuntos abordados na sessão de câmara da passada sexta-feira, 20 de Fevereiro.
Miguel Nascimento e Vítor Pereira, ambos eleitos pelo Partido Socialista acabaram por interrogar os vereadores da maioria social-democrata, das razões levadas em conta para o acréscimo das facturas no que diz respeito à água. Um assunto que “não tem de vir às sessões, nem à assembleia municipal, precisamente porque os extintos serviços municipalizados acabaram por se tornar uma empresa municipal”, lembra Nascimento. João Esgalhado, vice-presidente da autarquia covilhanense, continua a presidir às reuniões e foi quem começou por explicar o assunto. Esgalhado lembrou que nos últimos tempos, “tudo tem aumentado, para além do mais, a factura paga pelos covilhanenses contempla já a água, o tratamento de resíduos sólidos, de esgotos”, entre outros parâmetros.
Quem se mostra “inconformado” com a decisão “e a falta de explicações” é Vítor Pereira. O vereador socialista adianta que esta medida “só vem agravar ainda mais a situação de crise de muitas famílias e também dos pequenos e médios comerciantes”. Medida que “não seria tomada se a câmara fosse governada pelo PS”.
Esgalhado acabou por rebater os argumentos do vereador socialista com “exemplos práticos”, nomeadamente com os tarifários praticados pelas autarquias vizinhas “onde o consumo de água é sempre mais caro”. Quanto ao caso dos comerciantes “o aumento final chega a ser de cêntimos”. O vice-presidente social-democrata acabou mesmo por dizer, que “não é pela água aumentar mais um euro que um comerciante fecha a porta”.
A discussão acabou por não passar por uma troca de argumentos, uma vez que, “a empresa, por ser municipal e ter nascido de um negócio entre a câmara e um privado, faz o que quer”, terminou Nascimento.
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