Vítor Pereira pede debate sobre eutanásia

O deputado socialista da Assembleia da República, eleito pelo círculo de Castelo Branco, vai apresentar uma moção intitulada “Dignidade Humana, Sempre”, no próximo congresso do PS. Entre outras medidas, o documento pede um debate sobre a eutanásia.

Promover o investimento público no desenvolvimento de cuidados paliativos e na formação de recursos humanos especializados são alguns dos fundamentos da moção “Dignidade Humana, Sempre”. Um documento que será apresentado pelo socialista Vítor Pereira, no próximo congresso nacional do PS, que tem lugar em Espinho.
Esta moção, subscrita também por Maria Antónia Almeida Santos, António de Almeida Santos, Alberto Arons de Carvalho e Fernando Cabral, entre outros, pretende também que “o Serviço Nacional de Saúde crie condições para que os doentes terminais possam ser ajudados a ter a melhor qualidade de vida possível dentro do seu quadro clínico”, adianta o deputado da Assembleia da República.
Vítor Pereira e os restantes subscritores do documento pretende também que esta questão esta inscrita no programa eleitoral das Eleições Legislativas de 2009. Para além da criação de unidades paliativas, “que visam essencialmente humanizar os cuidados de saúde aos doentes terminais”, o documento aponta para a necessidade de “promover um debate sobre a eutanásia com a sociedade civil, com o objectivo de dar a conhecer as suas práticas, na perspectiva do respeito integral da liberdade individual”.
Para apoiar esta última petição estão as conclusões do estudo ‘A Boa Morte: Ética no Fim da Vida’, realizado pelo coordenador da Unidade e Serviços Paliativos do IPO Porto, “onde se fica a saber que 39 por cento dos médicos oncologistas portugueses é a favor da legalização da eutanásia”, explica o deputado. O documento vai ser presente na reunião socialista e Pereira mostra-se esperançado na sua inclusão no próximo programa eleitoral de José Sócrates.

> daniel . f . m . lopes @ gmail . com em 2009-02-22 11:30:55
Penso que é uma questão primordial para ser discutida, existe uma grande diferença entre cuidados intensivos para paliativos. Os portugueses não gostam destas questões, mas elas estão ligadas ao ciclo natural da vida...Mais tarde ou mais cedo esta lei tem que ser aprovada...