Tuna médica ao Raio-X
A Tuna-MUS é a primeira tuna de um só curso a ser fundada na UBI. Os alunos pertencentes frequentam o curso de Medicina e a ideia-chave foi conciliar o gosto pela música e vida académica com as difíceis exigências do curso.
> Marco MoraisA Tuna-MUS nasce em 16 de Outubro de 2007 pela mão de cinco amigos que se definem com “um especial gosto pela vida académica e música” e tendo como objectivo “criar uma tuna em que pudéssemos conciliar os horários, e os exames com o gosto pela música e também aproximar os eventos académicos ao polo de saúde”, como explica Pedro Oliveira, de 21 anos, magister da Tuna Médica da UBI.
O futuro médico classifica a Tuna-MUS como “uma experiência diferente, quer em formação musical, quer da parte mais boémia, conseguindo, ao mesmo tempo, conciliar qualidade musical com a diversão inerente ao espírito das tunas”.
A criação de uma peculiar tuna de um só curso tem explicação. Segundo Pedro Oliveira, “as exigências do curso de Medicina, particularmente os exames de 15 em 15 dias, muitas das vezes não permitem a assiduidade desejada pelos seus alunos nas tunas, mas o gosto está lá e por isso foi necessária a criação da Tuna-MUS”. É este pormenor que torna invulgar a Tuna Médica da UBI pois todos os tunos têm uma carga horária e exigência muito parecidas, o que fortalece o colectivo e a compreensão mútuas.
Mas a ideia da criação de uma tuna envolve várias variantes e como tal as dificuldades estiveram e sempre estarão ligadas ao projecto. Actualmente a Tuna-MUS ensaia na cave de um café, mais propriamente, na sede da colectividade “Leões da Floresta”. Os membros da Tuna-Mus conseguem este espaço para ensaiar arranjando fundos para a colectividade através de festas. Mas o sítio não é o único problema para a jovem tuna pois como Pedro Oliveira confidencia ao URBI “ o curso é maioritariamente feminino e houve dificuldade em arranjar elementos e levá-los a ganhar experiência, muita gente ainda não sabia o grau de exigência que uma tuna pede e essa foi uma enorme dificuldade e para além disso tudo os instrumentos são todos comprados por nós”.
Obstáculos à parte, o magister considera agora a Tuna-MUS “um projecto estável e com organização montada o que nos leva a começar a pensar em passar para um patamar musical superior que nos permita uma maior assiduidade em encontros e festivais”. Pedro Oliveira ressalva que está também entre os objectivos da tuna “manter a excelente relação que temos com o público e em especial com quem nos segue”.
Sempre ligada ás tunas académicas estará a conotação dos exageros e da irresponsabilidade dos jovens e sobre este aspecto Pedro Oliveira explica que “isso é estereótipo, há de tudo, há tunas que enveredam mais pela parte boémia, outras há que adoptam uma postura mais profissional. Nós adoptamos o meio termo e divertimo-nos com responsabilidade”.
A jovem tuna conta já com várias participações e até com prémios mas o que deixa satisfeito Pedro Oliveira “é a dedicação e o trabalho de grupo que criámos ao fundar a tuna e que nos permite momentos extremamente divertidos como a nossa digressão ao Algarve. Esses momentos vão-nos ajudar a conhecermo-nos melhor até em situações não envolvidas directamente com a tuna”.
A Tuna-Mus está, então, de boa saúde e vai continuar a animar a Covilhã e a levar o nome da Universidade da Beira Interior a quem quiser ouvir .
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