Espanhóis ficam com transportes da Covilhã
A autarquia serrana tornou público o resultado do concurso de concessão dos transportes colectivos urbanos da Covilhã. A Corporación Española de Transportes SA vai agora substituir a TransCovilhã, mas os trabalhadores da actual empresa temem pelos seus empregos.
> Eduardo AlvesJoão Esgalhado, vice-presidente da Câmara Municipal da Covilhã, anunciou o nome da empresa que nos próximos dez anos vai explorar os transportes colectivos urbanos da Covilhã. Segundo o autarca, o vencedor do concurso que a autarquia abriu há cerca de dois anos é a Corporatión Española de Transportes SA.
Depois da decisão ter sido anunciada, na passada semana, os cerca de 30 funcionários da TransCovilhã, que actualmente é responsável pelos transportes públicos mostraram-se preocupados com a sua situação laboral. Isto porque, caso nenhuma das entidades que participaram no concurso de atribuição conteste o mesmo, dentro de seis meses, a empresa espanhola tomará o lugar da actual operadora. Na última quinta-feira, 22 de Janeiro, um grupo de trabalhadores da TransCovilhã esteve reunido com os responsáveis pela autarquia serrana, nos Paços do Concelho. Encontro que serviu para aclarar algumas situações futuras, mas que terminou sem qualquer declaração aos jornalistas. Câmara e funcionários da TransCovilhã recusaram-se a falar para a Comunicação Social.
A empresa que deve começar a operar na cidade dentro de seis meses “irá apresentar diversas melhorias à população”, diz João Esgalhado. O vice-presidente da autarquia adianta que vão estar nos circuitos de transportes “novos autocarros, mais modernos e menos poluentes”, que apresentam também “mais facilidades de utilização, sobretudo para pessoas deficientes ou com dificuldades de mobilidade”. Este representante da edilidade lembrou também que a nova operadora vai promover um maior número de percursos e horários mais diversificados. A entidade espanhola irá explorar a concessão através da Covibus, uma sociedade anónima, entretanto criada. A Câmara da Covilhã espera agora luz verde do tribunal de Contas para passar a concessão à entidade vencedora do concurso.
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