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Contapetes

Histórias em tapetes

O atelier de sensibilização "Contapetes", que decorreu no passado sábado, dia 17, no Fundão, deu mostras de que existem novos métodos para incentivar as crianças a ler.

> Carla Laureano

A Moagem-Cidade do Engenho e das Artes abriu as portas para acolher os "contapetes". No formato de um atelier, Luís Correia Carmelo, um dos criadores do projecto em Portugal, explicou como se deve trabalhar com aqueles instrumentos de aprendizagem.
Este projecto baseia-se na transposição de livros infantis para tapetes. O que se pretende é criar cenários e personagens iguais à da história que se deseja contar, sendo depois tudo aplicado num tapete.
Os "contapetes" servem "para o mediador de leitura das crianças contar a história e para as crianças brincarem com o tapete sobre a história que foi contada", afirma Luís Carmelo. "Estes tapetes são instrumentos lúdicos, extremamente atractivos para as crianças porque são macios, bonitos, cheios de cor e incentivam as crianças a ir ter com o livro", adiantou o criador do projecto.
No atelier de sensibilização, destinado a mediadores de leitura, foi possível perceber como as histórias devem ser contadas através dos "contapetes". Para isso, Luís Carmelo simulou uma sessão com crianças, em que os formandos se sentaram no chão, ouviram e viram a história. Com cinco tapetes diferentes, destinados a diferentes idades e níveis de aprendizagem, o orientador do atelier explicou que o tapete deve estar sempre no chão e que tanto as crianças como os adultos devem estar sentados no chão, "para dar uma ideia de partilha." Os tapetes, destinados a crianças do primeiro e segundo ciclos, têm que ser o mais semelhante possível com o livro que representam. "Para as crianças que não se conseguem relacionar com o livro, a mais pequena diferença pode causar desinteresse", explicou Luís Carmelo. Também para evitar que as crianças se dispersem, "é importante não dar muita vida aos bonecos. O mais importante é a palavra", adiantou o orientador. Na parte final do atelier, Luís Carmelo permitiu uo contacto dos participantes com os tapetes, verificando de que materiais eram feitos, tal como alguns pormenores de fabrico.
À saída, as opiniões sobre o atelier eram positivas. Tânia Nunes, professora do primeiro ciclo, afirmou que foi "uma experiência diferente, que apresenta novos métodos para trabalhar com as crianças." Apesar de considerar que o projecto dos "contapetes" seja um pouco difícil de aplicar nas escolas, devido aos recursos que são necessários, a professora admite que "fazendo algumas adaptações, daria para fazer coisas muito interessantes nas escolas."
O atelier de sensibilização mostrou novos métodos para atrair as crianças à leitura, ensinando também os mediadores de leitura a trabalhar com esses novos instrumentos.

 


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Data de publicação: 2009-01-20 00:00:01
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