A mensagem de Ano Novo do Presidente Cavaco Silva é um documento que não pode ser remetido para a gaveta do esquecimento. E, nós, portugueses só temos a ganhar se as palavras do Chefe de Estado concorrerem para a mudança dos nossos hábitos de vida.
O Presidente disse um conjunto de verdades como punhos. Aliás, Cavaco Silva sublinhou que a verdade prevalece sobre as “ilusões inúteis” : “Devo falar verdade. A verdade é essencial para a existência de um clima de confiança entre os cidadãos e os governantes”.
É que se verifica que os portugueses continuam a viver como se recessão económica não estivesse à porta. As viagens e férias exóticas esgotaram-se de novo. E depois a constatação: “Portugal gasta em cada ano muito mais do que aquilo que produz”. E “quando a possibilidade de endividamento de um país se esgota, só resta a venda dos bens das empresas nacionais aos estrangeiros”.
O problema da produtividade é um problema crónico entre nós. E que tem de ser resolvido de vez. Não podemos continuar a viver acima das nossas possibilidades. Mas é que tem acontecido pelo menos desde há uma década. E, se não fossem os milhões da União Europeia, há muito estaríamos na pelintra.
Uma pergunta recorrente: se os portugueses são considerados entre os melhores trabalhadores lá fora e elogiados até por governos dos países da emigração, porque é que em Portugal são o que se sabe? Depois a produtividade não passa da cepa torta. A riqueza provém do trabalho e não da preguiça nem da desorganização.
Segundo notícias recentes, as dívidas de Portugal ao estrangeiro valem 90 por cento da riqueza que Portugal produz num ano. Por, isso há caminhos que precisam de ser arrepiados.
Cavaco Silva também atribui responsabilidades à classe politica. “Não é com conflitos desnecessários que se resolvem os problemas das pessoas”. E “os agentes políticos deixem de lado as querelas que em nada contribuem” para melhorar a vida das famílias em dificuldades. E ainda: “Os portugueses gostariam de perceber que a agenda da classe política está centrada no combate à crise”.
Em momentos de crise, a história demonstra que a união é fundamental para se ganharem as batalhas. Porquê criar uma querela entre órgãos de soberania que só divide os portugueses? E que benefícios traz ao bem comum? Que fazem os deputados na Assembleia da República que, na hora dos plenários, à sexta-feira, desaparecem do hemiciclo e não participam nas votações? A nossa democracia está a deixar muito a desejar.
O Presidente põe o dedo na ferida: “É sabendo a verdade, e não com ilusões, que os portugueses podem se mobilizados para enfrentar as exigências que o futuro lhes coloca”.
Há 54 anos, por ocasião do Ano Mariano, a Covilhã mostrou a sua devoção a Maria, numa grande celebração no Monumento a N.S. da Conceição. No domingo passado, milhares de covilhanenses, em multidão compacta, acolheram no Pelourinho a Imagem Peregrina de Fátima em que participaram adultos, jovens e crianças. Uma moldura humana concentrada na fé e na devoção à Virgem dos pastorinhos que vai percorrer durante um mês o concelho.
Ao longo dos tempos, a Covilhã sempre manteve uma aprofundada devoção à Virgem da Nazaré sobretudo sob o título da Imaculada Conceição. Basta ver as igrejas e capelas que têm associado o nome de Maria.
O grande testemunho é o Monumento a N.S. da Conceição, inaugurado em 1904 pelo então bispo da Guarda D. Manuel Vieira de Matos que foi recebido oficialmente na Câmara Municipal. Ali diariamente faça ou chuva se deslocam covilhanenses para meditar e rezar. O acolhimento de domingo está na linha da tradição dos melhores pergaminhos cristãos da Covilhã.
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