Neve “congela” região
A “cidade neve” foi uma das que parece ter feito jus a uma das suas principais e na passada sexta-feira, 9, ficou coberta pelo branco manto de neve que se espalhou por toda a região. Contudo, foram várias as situações de perigo que “congelaram” algumas estradas e serviços na Beira Interior.
> Eduardo AlvesBastaram quatro horas a nevar com alguma intensidade para que a Beira Interior ficasse coberta por um manto branco. Há vários anos que não se registava um episódio de queda de neve desta dimensão que chegou mesmo ao Alentejo. Quase toda a Beira Interior ganhou um final de tarde diferente do habitual.
Contudo, foram vários os episódios de encerramento de estradas e ligações a zonas residenciais que se registaram em diversos pontos. Logo ao início da tarde, a Polícia de Segurança Pública (PSP) encerrou a estrada de acesso às Penhas da Saúde e Torre na Covilhã. Um acesso também cortado em Manteigas e em Seia. A estrada que leva ao ponto mais alto de Portugal Continental só ficou totalmente transitável na manhã de domingo, 10.
Mas, ainda na sexta-feira, com o continuar da queda de neve, os problemas começaram a surgir nas zonas mais íngremes da Covilhã. A ligação ao Bairro da Biquinha fez-se com grande dificuldade e tal como a passagem para o Bairro de Santo António.
Com o cair da noite, a circulação automóvel veio complicar-se ainda mais. No perímetro da cidade, a estrada de acesso ao Bairro de Santo António, pelo Rossio do Rato foi um dos pontos mais complicados. Cerca das 20.30 horas, um dos autocarros da empresa de transportes públicos da Covilhã acabou mesmo por ficar retido nesta via. Antes mesmo de ter sido encerrada ao trânsito, foram vários os automobilistas que ficaram também presos na neve. Os veículos apenas foram removidos no dia seguinte, sábado, 10, durante a tarde. A formação de gelo levou também a que a ligação entre o Jardim Público e a Garagem de São João fosse encerrada durante algumas horas.
Para além das complicações no trânsito, alguns serviços acabaram também por ser afectados, como é o caso dos transportes públicos. Algumas das carreiras sofreram atrasos ou não se efectuaram e o serviço de táxis, na Covilhã, ficou também impedido por várias horas.
Também na Guarda se registaram algumas condicionantes no trânsito. As artérias da zona histórica ficaram encerradas e as ligações aos bairros mais altos foram também afectadas. A via que liga a Guarda à Auto-Estrada da Beira Interior A23 fazia-se com grandes condicionantes. O mesmo se registou na Nacional 18, que liga a Guarda a Belmonte.
No que respeita às auto-estradas, a A23 conheceu alguns períodos de maior perigo, mas a via acabou por estar sempre transitável. O mesmo já não aconteceu na A-25, que liga Vilar Formoso a Aveiro. Esta via foi encerrada ao trânsito, por alguns períodos, nomeadamente na zona de Viseu.
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