Acção Social contrata segurança especializada para as residências

A UBI contratou um serviço de segurança especializada para as residências universitárias. A medida faz parte de um cumprimento legal, além de buscar efectivar as normas das moradias. Residentes colocam as vantagens e desvantagens da alteração, enquanto o administrador dos Serviços de Acção Social da UBI, Manuel Raposo, prevê novas mudanças.

Os moradores da Residência Pedro Álvares Cabral e Santo António foram surpreendidos, no dia 31 de dezembro, com seguranças na recepção de suas moradias. A UBI, através do Serviço de Acção Social, contratou um serviço de segurança especializado para as residências com maior número de alunos e onde também se localizam as centrais telefónicas.
Segundo o administrador dos Serviços de Accção Social da UBI, Manuel Raposo a medida foi tomada como cumprimento a uma imposição do Governo português instituída no ano passado. Não mais poderia ser utilizada a contratação individual com a utilização de recibos verdes, o que sempre aconteceu até aqui e foi necessário proceder à contratação de uma  empresa de prestação de serviços. O que existia era apenas serviço de recepção e vigilância exercida por pessoas não especializadas, como alunos da UBI. Com a mudança, no horário matutino e vespertino permaneceram as pessoas já contratadas anteriormente pela universidade, mas a partir das 17:30 horas os seguranças começam a actuar."Não é nossa finalidade controlar aquilo que fazem, a finalidade é garantir o bem estar e a segurança", disse Manuel Raposo. Ele ainda acrescentou  que as efectivas funções da segurança são actuar na recepção, controlar as entradas e saídas e seguir o regulamento.
Para alguns moradores da PAC, a nova segurança tem apresentado um regime de controle. Para o estudante Júlio César Brito, residente da PAC, a falta de flexibilidade da segurança é um factor negativo. Ele ainda discorda do ocorrido na passagem do ano em que estudantes de Erasmus não puderam comemorar as doze badaladas em sua própria moradia, devido ao regulamento de que as festas devem ser interrompidas às 23 horas. Mas Júlio também reconhece aspectos positivos, como a diminuição de barulho.
O administrador para acção social considera que todas as actividades podem continuar mediante a um pedido de autorização. "Pode haver o máximo de liberdade, mas com máximo de responsabilidade", afirma Manuel Raposo. O administrador apontou também, casos em que os estudantes causaram estragos na estrutura física da residência ou ainda intrusos que utilizaram a entrada de emergência para ter acesso às moradias. Como consequência, a nova segurança lacrou as portas de emergência.
Paulo Jorge Dias da Silva, estudante da UBI, já trabalhou como recepcionista na residência Santo António e não enfrentou dificuldades nos períodos de seu turno. Além de recepcionista, Paulo é morador há cinco anos do PAC e também afirmou nunca ter ficado sabendo de atitudes de vandalismo ou roubos na sua residência.
Para os próximos meses, o administrador de Acção Social prevê algumas outras alterações para as residências universitárias. Aqueles que quiserem sugerir modificações devem procurar pela caderno de sugestão em suas respectivas moradias.

> bruorona @ gmail . com em 2009-01-14 10:28:21
A segurança nas residências está causando grande polêmica entre os residentes... Nos assustamos quando chegamos na primeira noite do ano e nos deparamos com um homem fardado pedindo a nossa identificação! E não somente com isso...a saída de segurança com lacre, portas trancadas...não podemos mais jantar após as 23h, pois a cozinha já não pode ser mais ligada... E agora? Com essa medida tomada pelos serviços Sociais da UBI, acredito que o convívio entre os residentes, as conversas, as festas e integração serão afectadas...acredito que não seja esse o objectivo, mas provavelmente e infelizmente é isso que irá acontecer!!!