O ano de 2008 adivinhava-se complicado para o Ensino Superior. Os problemas orçamentais e a implementação do RJIES (Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior) prometiam um ano de grandes dificuldades, algo que acabou por se verificar. Professores e funcionários tiveram os seus salários de Dezembro em risco e muitas instituições reduziram significativamente os investimentos previstos para a melhoria do ensino. O Governo viu-se mesmo obrigado a efectuar transferências extraordinárias para assegurar o normal funcionamento de algumas universidades, confirmando-se assim as situações de ruptura financeira previstas por alguns reitores.
Apesar de todas as dificuldades, o balanço de 2008 que hoje fazemos é bastante positivo para a UBI. Conseguimos a melhor colocação de novos alunos de sempre e somos uma das universidades onde a implementação do RJIES está mais adiantado, com os membros cooptados do Conselho Geral a tomarem posse já no próximo sábado, dia 10 de Janeiro. Para além destes dois aspectos marcantes, docentes e discentes da UBI foram distinguidos com diversos prémios nacionais e internacionais, contribuindo desta forma para a afirmação da universidade no panorama universitário nacional. Contra todas as expectativas, o ano da UBI acabou por ser melhor do que o esperado.
Foi bom, mas já lá vai. Agora é preciso enfrentar 2009, um ano em que se esperam ainda mais dificuldades devido à crise mundial. No caso de Portugal os problemas serão ainda maiores por estarmos em ano eleitoral. Do lado do Governo haverá uma inclinação para abandonar as reformas de que o país tanto precisa, ao passo que a oposição tenderá a criar maior crispação social como forma de desgastar o partido do Governo.
Como disse o Presidente da República na sua mensagem de Ano Novo, “as dificuldades que o país enfrenta exigem que os agentes políticos deixem de lado querelas (…). Não é com conflitos desnecessários que se resolvem os problemas das pessoas. Nesta fase da vida do país devemos evitar divisões inúteis. Vamos precisar muito uns dos outros”. Este apelo é válido para o país, mas também para as universidades que elegem este ano os seus reitores.
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