Obras literárias covilhanenses
Dois autores covilhanenses, António Rodrigues Assunção e Fátima Vaz, apresentaram respectivas obras no salão nobre da Câmara Municipal da Covilhã.
> Catarina Rodrigues da CostaO Movimento Operário da Covilhã e Vou Contar Duas Histórias são os nomes das duas obras literárias, apresentadas na passada sexta-feira, no salão nobre da Câmara Municipal da Covilhã. O evento começou pelas 18 horas com uma intervenção do presidente da Câmara, Carlos Pinto.O primeiro livro, O Movimento Operário da Covilhã, é já o segundo volume, e retrata a actividade económica dos operários e o poder político no período de 1907 a 1926. Carlos Pinto considerou ser “um livro notável” e que a sua leitura “é uma viagem pelo social, pelo cultural e pelas ruas da Covilhã numa outra época, num outro tempo.”O Presidente da Câmara chamou ainda a atenção para o trabalho de investigação levado a cabo por António Rodrigues Assunção, salientando a importância dos pormenores do livro e da recriação dos detalhes sobre o movimento operário. O livro para além de conter elementos de pesquisa aprofundada sobre os operários, as classes sociais, as greves e os acontecimentos da Covilhã, analisa ainda a relação destes aspectos com a Comunicação Social da época, nomeadamente os jornais “O Raio” e “O Trabalho”. Carlos Pinto terminou a apresentação deste livro dizendo ser muito “grato para a cidade poder ter livros como este, com tal qualidade”, que diz respeito “ao percurso da Covilhã, que não se separa dos operários.”O evento continuou com a presença do escritor covilhanense Manuel da Silva Ramos, que apresentou a escritora Fátima Vaz com uma breve biografia. O livro Vou Contar Duas Histórias, de Fátima Vaz, é composto por dois contos infantis: Míria- A Estrela da Serra e O Menino que Queria Ser Príncipe. A primeira história é sobre uma estrela que nasceu diferente e resolve visitar a Terra em 30 dias. É um conto, segundo o escritor Manuel da Silva Ramos “uma homenagem à Covilhã e aos sonhos.” A segunda história é sobre um rapaz pobre que sonha ser príncipe, partindo para um reino perigoso. Manuel da Silva Ramos considerou ser um conto “ cativante, de fidelidade aos sonhos, à amizade, à escrita e aos contos.”A apresentação das obras literárias teve também a presença dos dois autores covilhanenses. António Rodrigues Assunção já escreveu dois livros sobre o movimento operário da Covilhã e promete escrever um terceiro também sobre os operários, mas onde vai incluir o Estado Novo até 1974. Fátima Vaz escreveu apenas o livro que apresentou no salão nobre da câmara e teve já um convite para apresentar a obra, em Paris, para a comunidade portuguesa.
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