Socialistas recusam votar Plano e Orçamento

Vereadores da oposição saíram da reunião camarária recusando participar naquilo a que chamaram “farsa”. Executivo chegou a ficar sem quórum, mas depois, com a chegada de Manuel Frexes, o documento, de 70 milhões, foi aprovado.

Uma autêntica “novela”. A votação do plano e orçamento da Câmara do Fundão, na passada semana, foi um daqueles “filmes” em que quase tudo aconteceu. Entrada e saída de autarcas da sala de reuniões, críticas e até, em determinado momento, falta de quórum.
É que os vereadores socialistas recusaram-se a votar o plano alegando que os documentos não foram entregues a fim de serem analisados. Por isso, Conceição Martins revelava que a oposição não estava disposta a participar naquilo a que chamava “farsa”, acusando a maioria de agir de “má fé”. Perante isto, o vice-presidente da autarquia, Carlos São Martinho, que presidia aos trabalhos devido ao facto de Manuel Frexes participar numa reunião no seu gabinete, convidou os dois elementos da oposição a saírem da sala, pois deveriam levar a sua atitude “até ao fim”. Só que, assim, e face ao facto do vereador da maioria, Paulo Fernandes, também não estar presente, o executivo ficou sem quórum. Por isso, Manuel Frexes teve que ser chamado para se prosseguirem os trabalhos, criticando a atitude dos socialistas que “não merecem o mandato que lhes foi conferido”. Os documentos, que contemplam 70 milhões de euros no plano plurianual, foram votados e aprovados. Mas a reunião prosseguiu em mais quatro pontos sem elementos da oposição, que mostraram indignação pois, dizem, só assumiram sair na votação do plano e orçamento. A prova “que não dá jeito a intervenção da oposição” frisa Conceição Martins. Manuel Frexes, então, deixou a Carlos São Martinho o critério de se reanalisarem os pontos “perdidos” pelos socialistas, mas este decidiu prosseguir os trabalhos.
Quanto ao plano, segundo Manuel Frexes, terá como prioridades os equipamentos sociais, o ambiente e qualidade de vida, a inovação, emprego e competitividade.