Baile de Solidariedade
Arrecadar fundos para a criação de um núcleo contra o Cancro de Mama foi o mote para mais uma edição do “Movimento Covilhã Solidária”. Mais de 300 participantes estiveram no Pavilhão da ANIL, numa noite de solidariedade a favor do “Movimento Vencer e Viver” da Covilhã.
> Ana Cristina FerreiraO Pavilhão da ANIL recebeu no final da semana passada, dia 13, a “Noite do Laço Rosa”, um evento onde o baile teve o seu lugar de honra. Promovida pelo “Movimento Covilhã Solidária”, esta terceira edição foi dedicada ao Cancro da Mama.
Este ano, a iniciativa pretende renascer a tradição do “baile onde as pessoas iam com as suas melhores roupas para socializar” e serem também solidárias, explica Pedro Farromba, da organização do evento.
O organizador acrescenta ainda que o evento que teve por base “reviver os encontros sociais do passado da Covilhã através de uma noite de convívio com baile e uma banda ao vivo, catering e decoração a preceito”.
Nesta edição, a iniciativa apresentou-se num formato diferente, com lugares sentados e um limite que rondou as cinco centenas.
Durante o evento, houve uma reedição do “cantar do Loto”, com prémios, depoimentos de pessoas que sobreviveram à doença, de médicos e de representantes da Liga Portuguesa Contra o Cancro. “A ideia de apoiar este movimento chegou-nos através das iniciativas que realizaram recentemente e de que tomámos conhecimento através da comunicação social”, conta Pedro Paiva.
Não foi fixada qualquer meta de valores a angariar mas, acredita Pedro Paiva, “as boas vontades não passam crises”. Como nas últimas duas edições, as verbas e as receitas dos bilhetes irão ser depois entregues num jantar em data a fixar.
Neste ano, o “Movimento Covilhã Solidária” vai apoiar a criação, na Covilhã, de um Núcleo de Apoio a mulheres com Cancro da Mama, seus familiares e amigos, que irá denominar-se “Vencer e Viver na Covilhã”, sendo constituído por um grupo de voluntárias que também já tiveram cancro da mama e que se disponibilizam para acompanhar outras mulheres que travam a luta contra a doença.
Na Covilhã, os primeiros passos foram dados por seis mulheres que, nos últimos meses, têm desenvolvido diversas iniciativas informais.
Segundo Fátima Pires a iniciativa “Noite do Laço Rosa” é um incentivo, “uma mais valia para os nossos objectivos”, acima de tudo porque “por muita força de vontade que tenhamos, não conseguimos nada sozinhas”.
Para Olga Pires, têm sido muitas as solicitações e por isso têm de “lutar pela vida e estar prontas para ajudar outras mulheres que estão nas mesmas circunstâncias.” Em breve estas mulheres irão poder dar o seu contributo através do “Movimento Vencer e Viver” da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).
Carlos Maia, presidente do Núcleo do Centro LPCC recorda que a “sensibilidade tem de ser treinada e mediada” e que as voluntárias “vão receber a formação adequada para trabalhar neste campo sensível.” O presidente do Núcleo acrescenta ainda que o primeiro passo está dado “com este compromisso de que estaremos cá para o que for preciso.”
“Coragem e força”, esta é a principal mensagem que o recente movimento quer deixar junto das mulheres com Cancro da Mama, refere Olga Batista. Uma noite diferente, com um laço rosa no meio, porque que há que dar mais cor à vida.
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