Assembleia aprova orçamento de 89 milhões

A Câmara da Covilhã viu o seu orçamento para o próximo ano ser aprovado pela maioria social-democrata da Assembleia Municipal. Um documento que passou também com algum apoio do Partido Socialista.

A Câmara da Covilhã viu passar na Assembleia Municipal plano e orçamento para o ano de 2009. Um documento da maior importância para a gestão autárquica que foi votado favoravelmente por 43 deputados, no qual se incluiu o do comunista José Pinto, e contou com oito votos contra, por parte dos eleitos do Partido Comunista Português (PCP), Bloco de Esquerda (BE) e Partido Socialista (PS). João Correia e Pedro Leitão, também eleitos pelo PS acabaram por se abster.
A autarquia social-democrata apresenta um total de 89 milhões de euros para as actividades, obras e intervenções do próximo ano. A defender este documento estiveram os deputados “laranjas” José Curto e Bernardino Gata. Segundo os dois eleitos, este documento continua “a política de desenvolvimento que tem vindo a ser implementada na cidade”. Os membros sociais-democratas elogiaram também a preparação deste orçamento e “a prudência de todo o plano”.
Já nas bancadas da oposição, os membros eleitos do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda discordaram dos números avançados pela autarquia serrana. Uma das críticas apontadas pelos dois partidos da oposição é a das previsões “demasiado optimistas”. Vítor Reis Silva, deputado comunista chega mesmo a dizer que a “estamos agora a assistir à liquidação total da Covilhã”, isto porque, “o executivo espera financiar este plano à custa da venda de património”. Como tal, o comunista cita o exemplo da alienação “de quase todas as habitações sócias do município”. Desta forma, “embora este seja um plano bastante parecido com o de 2007, ainda está mais baseado nas receitas próprios, o que faz dele um documento claramente irrealista”.
Ana Monteiro, do Bloco de Esquerda, parece também partilhar das opiniões de Reis Silva e diz mesmo que “este orçamento deve contar com o Euromilhões do QREN”. Uma ideia que se baseia, na perspectiva da deputada, “na falta de planeamento, até porque, dadas as circunstâncias reais, mesmo a mais favorável projecção económica revelaria a inexactidão destes cálculos preliminares, ocultados posteriormente nas baixas taxas de execução e nas constantes revisões ao orçamento”. Do lado da bancada do Partido Socialista, apenas Pedro Leitão justificou o seu voto (abstenção), devido à sua presença na Junta de Freguesia da Vila do Carvalho. E “sem o orçamento aprovado, as juntas não podem trabalhar”, concluiu o deputado.