Literatura Portuguesa de Luto
Advogado, escritor e jornalista, Alçada Baptista dedicou uma vida à escrita e quase nada à advocacia. Com a sua morte, aos 81 anos, a Literatura Portuguesa ficou mais pobre.
> Joana ViolanteNo passado Domingo, dia 7, Portugal perdeu um dos grandes escritores do século XX. Alçada Baptista morreu em Lisboa, aos 81 anos.
António Alçada Baptista, nasceu na Covilhã, no ano de 1927. Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, dedicou-se ao jornalismo e à escrita. Considerava-se um "escritor de afectos", com uma sensibilidade feminina.
Este prosador deixou para trás uma vasta e rica obra literária que vai da ficção ao ensaio.
Para prestar homenagem a este filho da terra, a Câmara da Covilhã declarou três dias de luto. Em comunicado, a autarquia refere que “a Covilhã perdeu um dos seus melhores, que sempre amou a sua Terra, prestigiando-a através de uma vida em que a palavra cultura adquiriu uma dimensão superior”.
Assumido defensor dos direitos humanos e da liberdade individual, Alçada Baptista entrou na política para defender os seus ideiais. Candidatou-se à Assembleia Nacional, pela oposição Democrática, de 1961 a 1969, e de 1971 a 1974 foi assessor para a cultura. Em 1983 recebeu das mãos do Presidente da República, Ramalho Eanes, a Ordem Militar de Cristo. Recebeu ainda a Grã-Cruz da Ordem do Infante, entregue pelo Presidente Mário Soares em 1995.
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