Covilhã perde figura notável
Faleceu no último domingo, dia 7 de Dezembro, Alçada Baptista ensaísta e ficcionista, que marcou durante largos anos a literatura portuguesa
> Bruno FernandesAntónio Alçada Baptista faleceu no passado domingo à tarde, em Lisboa, com 81 anos.
Várias figuras ligadas às Letras, e até mesmo o Presidente da República, já lamentaram a perda de Alçada Baptista, pela sua luta pela democracia e pela sua escrita que marcou para sempre a cultura portuguesa.
Nascido na cidade da Covilhã a 27 de Janeiro de 1927, este escritor caracterizou-se por ser uma figura multifacetada. Licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, em 1950, contudo só durante sete anos exerceu advocacia.
Esteve ligado ao jornalismo como director: da revista o Tempo e o Modo e do jornal O Dia, sendo que actualmente também desempenhava o cargo de director da revista Oriente, publicação da Fundação Oriente. Ao longo da sua vida escreveu inúmeras crónicas para os meios de comunicação social existentes: rádio, televisão, jornais e revistas.
Alçada Baptista foi criador do Instituto Português do Livro, sendo seu presidente até 1986, altura em que fomentou as relações culturais entre Portugal e algumas ex-colónias portuguesas.
Como escritor, a sua obra de 14 títulos percorre a crónica, o romance, o ensaio e a.novela, sendo que nela faz uso dos afectos e do elogio à figura feminina. Como prémios destacam-se a Ordem Militar de Cristo em 1983 e a Grã-Cruz da Ordem do Infante em 1995.
O corpo de Alçada Baptista foi transportado, na segunda–feira, para o Cemitério dos Prazeres, onde ficará sepultado.
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