Futuro da UBI passa pela internacionalização
A comissão de avaliação da European University Association (EUA) apresentou os primeiros resultados da visita feita à UBI. Segundo os membros desta entidade, o futuro da instituição covilhanense passa pela internacionalização.
> Eduardo AlvesCom uma imagem regional e nacional “bem consolidada”, o futuro da UBI “deve passar pela internacionalização”. Esta foi uma das principais metas que os membros da EUA apontam no seu relatório preliminar de avaliação à UBI.
Aloj Krulj, antigo reitor da Universidade de Ljubljana, foi o porta-voz do grupo de cinco elementos que participaram no júri desta avaliação. Este é um programa de auto-avaliação institucional que incide na instituição como um todo, numa perspectiva europeia e internacional e no sentido de a UBI obter o maior benefício do auto-conhecimento de forças e fraquezas. A avaliação conduzida por especialistas europeus pretende ajudar a UBI num desenvolvimento contínuo da sua gestão estratégica e da cultura e garantia da qualidade.
Desta forma, os membros que estiveram por duas vezes na Covilhã, destacaram o papel “bastante inovador que a UBI está a ter no Processo de Bolonha, sendo uma das primeiras instituições portuguesas a implementar este sistema”. Segundo o relatório preliminar desta comissão, apresentado na passada semana, “a manutenção e do desenvolvimento da qualidade devem ser uma das principais aspirações da UBI”.
Contudo, os membros da avaliação enfatizam que o Ensino Superior português “está a atravessar um momento de desinvestimento”. Processo que afecta ainda mais “a normalidade de funcionamento de instituições como a UBI”. Contudo, o porta-voz da comissão, deixou claro que “os momentos de dificuldade devem ser encarados por esta jovem universidade, não como uma ameaça, mas sim como uma oportunidade de reformular o que está feito até aqui e ganhar assim novas vias de afirmação.
No entender do membros do EUA, que posteriormente vão enviar um relatório mais pormenorizado para a universidade, este foi um bom período de avaliação, até porque, a instituição está numa fase de transição.
Um dos pontos de maior destaque na perspectiva da EUA são os estudantes. E nesta matéria, o porta-voz do grupo foi peremptório ao afirmar que “é visível o facto de estes estarem bem representados nos diversos órgãos e também na vida da universidade. A UBI tem diversos equipamentos disponibilizados para os estudantes, como laboratórios, material informático, bibliotecas, mas também residência e outras estruturas similares que merecem referência bem positiva”.
Nos seus pontos mais fracos, a comissão sublinhou algumas críticas ao funcionamento dos serviços académicos e também ao caso dos questionários distribuídos pelos alunos “embora sendo uma boa medida para aferir a vida académica, os seus resultados devem ser divulgados com mais acuidade”, lembrou Aloj Krulj.
No que toca às metas futuras da UBI, a comissão apontou a internacionalização como meta prioritária. A “internacionalização” passa por ser a palavra-chave da instituição, diz o porta-voz. Para tal, “devem-se remover todas as barreiras à mobilidade internacional, quer de docentes, funcionários e alunos”. Elaborar um plano estratégico de futuro com tempo de duração, com medidas a implementar para alcançar os objectivos e com rotas de eficácia “é o melhor para realizar esta medida”, diz Aloj Krulj. Esta internacionalização passa também por uma maior aposta em projectos conjuntos e em parcerias, bem como “na criação de uma massa crítica que ajude a promover, ainda mais, a eficiência institucional”.
O grupo refere no documento agora apresentado que “a estratégia da UBI, do nosso ponto de vista, passa por alargar os horizontes para um mais vasto território, uma vez que a sua posição de player regional está já consolidada. Até porque, por aquilo que conseguimos apurar também a sua importância nacional lhe permite apostar na internacionalização, no desenvolvimento de sinergias com outros parceiros”.
Estas pontes vão também ajudar “no aumento da produção científica e na publicação internacional”.
Santos Silva, reitor da instituição, começou por dizer que “ouvimos todas as intervenções como forma de incentivo”. O responsável pela instituição covilhanense sublinha que “o apontar o que está menos bem e ajudar a implementar ainda mais qualidade na instituição é um dos objectivos desta avaliação”. O reitor da instituição sublinhou também que “como foi referido, a UBI ainda tem um longo caminho a percorrer, até porque é uma jovem universidade, mas fica a garantia de que no vosso regresso vão poder verificar já as alterações que vamos agora introduzir e registar as mudanças”.
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