Workshop aberto, vontades fechadas
A temática “Yoga” parece não cativar muito os alunos da UBI. O workshop sobre este tema contou apenas com dez lugares ocupados, dos 158 disponíveis. Apesar da reduzida plateia, Dada Krsnananda não deixou de expor a sua apresentação sobre o Yoga e os seus benefícios.
> Ana Camboa“Vazio”. Foi assim que Dada Krsnananda, monge indiano, encontrou, na passada quarta-feira, dia 19 de Novembro, o Anfiteatro 8.1, do pólo VIII, da UBI, o palco preparado para receber a sua palestra. Apesar do carácter saudável desta iniciativa, a adesão ao workshop foi fraca. A pouca divulgação foi apontada como a principal responsável pelo sucedido. No entanto, os organizadores não deixaram de passar a sua mensagem ao pouco público.
Intuição, criatividade e cooperação foram as capacidades em evidência neste workshop. "Yoga@Work", nome da iniciativa, procurou dar a conhecer o yoga e adaptar os seus benefícios ao local de trabalho e ao quotidiano das pessoas. “Este workshop serve para ensinar as pessoas a trabalhar sem stress e com uma mente mais calma, a fim de realizarem o seu trabalho de forma mais eficiente”, explicou Dada.
Esta palestra, que teve início às 19.30 horas, procurou explorar o pleno potencial do indivíduo, através de um workshop gratuito, destinado ao público em geral, mas aberto em especial aos estudantes universitários. “Escolhemos trazer a nossa palestra à universidade, porque é mais fácil mudar a nossa maneira de viver quando ainda somos novos. É difícil fazer uma pessoa mais velha mudar o seu estilo de vida ao fim de tantos anos”, confessou o monge.
Meditação, mente clara, visão criativa e equilíbrio dinâmico foram alguns dos aspectos em foco nesta actividade. “Respeitar o outro na sua essência” foi a primeira lição partilhada com o público, após a exposição de um conto. A iniciativa surgiu numa época em que a ingestão de comprimidos é já uma prática natural da qual as pessoas estão dependentes. “As pessoas não têm controlo sobre os seus sentidos e ficam presos à medicação química. É necessário quebrar este condicionamento a que a sociedade está sujeita”, alertou.
Yoga@Work, através da simples respiração, do alongamento e relaxamento muscular e das diversas técnicas, deu a conhecer soluções simples para o alívio de alguns sintomas e dores que afectam as pessoas. É através de uma dieta saudável, de posturas correctas e da meditação que é possível manter o equilíbrio e controlar o corpo, a mente e os sentidos. “No yoga, é impossível separar o equilíbrio físico do equilíbrio mental. O nosso corpo afecta a nossa mente, mas a nossa mente também afecta o nosso corpo”, explicou Dada.
Stress, falta de equilíbrio individual, de concentração e de motivação são, também, alguns dos aspectos que diminuem a produtividade geral do indivíduo no ambiente profissional e na rotina do dia-a-dia e que estiveram em foco nesta palestra. Tendo conhecimento deste desgaste, o monge indiano apresentou algumas técnicas que promovem a manutenção da saúde do indivíduo e que proporcionam, entre outros benefícios, a recuperação rápida de energia, uma forte concentração e um estímulo da força de vontade, conduzindo a um melhor desempenho pessoal e profissional.
O público, em geral, manifestou a sua satisfação em relação à iniciativa. Dimitri, aluno do primeiro ano de Engenharia Informática, admitiu não ter muito conhecimento sobre esta prática. “Tive que me informar antes de vir assistir à palestra”, confessou, garantindo, ainda, que no futuro irá pôr em prática alguns dos exercícios apresentados. Já Carla Ferreira estava familiarizada com o Yoga. “Eu já conhecia este monge, uma vez que tinha assistido a outros workshops como este. É uma experiência interessante e muito bonita, principalmente quando se compreende a mensagem e se consegue realizar o que o Dada propõe”, afirmou. “Estou consciente dos benefícios do yoga e já colocava em prática alguns dos exercícios”, acrescentou a aluna. Apesar da pouca adesão, Dada não esconde a sua vontade de regressar à UBI e o desejo de poder voltar a passar a sua mensagem, mas desta vez a uma plateia mais vasta. Revela, ainda, o desejo de abrir mais um centro Ananda Marga, desta vez na Covilhã.
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