PCP acusa governo de “esquecer” o interior
João Oliveira, deputado do Grupo Parlamentar do PCP, deu voz ao documento apresentado pelos comunistas sobre as verbas que o PIDDAC atribui ao distrito de Castelo Branco.
> Eduardo AlvesNo entender dos membros da direcção regional de Castelo Branco, do PCP, as verbas destinadas ao distrito para o próximo ano, através do PIDDAC, “só vêm confirmar que somos o parente pobre o governo à mesa do orçamento”.
Na óptica comunista, existe agora uma situação económica insustentável com cerca de 15 por cento das pequenas e médias empresas em risco de falência. Cenário que pode conduzir a taxas de desemprego na ordem dos 22 por cento, em relação a trabalhadores por conta de outrem. É nestas circunstâncias que “aumenta o encerramento, paragem e redução de laboração de inúmeras empresas, na têxtil, nos componentes para automóvel, nas indústrias eléctricas, na metalurgia, na construção, na agro-pecuária, no turismo e restauração, no comércio e serviços”, dizem os comunistas.
Mas é também perante todos estes números que “o PIDDAC para o distrito de Castelo Branco não responde aos estrangulamentos e défices estruturais que afectam esta área, e compromete ainda mais o futuro porque reduz o investimento público”. Os comunistas denunciam a falta de investimento em vias de comunicação rodoviárias e ferroviárias, infraestruturas sociais, barragens, saneamento e saúde.
Por todo este cenário, João Oliveira, do grupo parlamentar do PCP, vem agora propor um plano de emergência para a Beira Interior. Plano que defenda “o aparelho produtivo existente e os postos de trabalho”. Segundo o representante comunista este seria um plano integrado de desenvolvimento do distrito que daria prioridade ao investimento nos sistemas produtivos locais, mas também “à criação de emprego com direitos, à diversificação da actividade económica, às micro, pequenas e médias empresas, à qualificação e formação profissional de trabalhadores e empresários e às políticas de inovação, investigação e desenvolvimento”. Segundo os membros do PCP, este pacote de propostas vai agora seguir para a Assembleia da República e apresentado aos diversos grupos parlamentares.
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