Mutualista dá refeições gratuitas a carenciados

Carlos Casteleiro é novamente candidato à Associação de Socorros Mútuos da Covilhã. A partir de Janeiro quer garantir que “ninguém fique sem comer por não ter dinheiro para isso”

Depois de inicialmente ter dito que não pensava numa recandidatura, Carlos Casteleiro, presidente da Mutualista Covilhanense, apresenta-se a eleições a 17 de Dezembro, a liderar a única lista conhecida até ao momento. Entre as medidas que tenciona implementar está o serviço de refeições gratuitas a quem não as possa pagar, já a partir de Janeiro.
“Não aceito que na minha terra haja gente com fome. Se alguém precisar de uma sopa ou um pão, não lhe há-de faltar”, sublinha o também director do Hospital do Fundão. A partir de Janeiro, pessoas em maiores dificuldades têm a possibilidade de fazer refeições diárias nas instalações da Associação de Socorros Mútuos.
Para concretizar esta intenção vai ser celebrada uma parceria com uma entidade privada, de que Carlos Casteleiro é sócio: a Clínica Gastrenterológica da Covilhã, que vai ajudar a suportar os custos.
Carlos Casteleiro justifica a candidatura com o sentimento de que os sócios querem que a equipa continue. O elenco directivo, frisa, apresenta algumas alterações em relação ao actual, mas pretende que o trabalho a desenvolver seja “de continuidade”.
Para além da distribuição de refeições a pessoas carenciadas, há um projecto maior em perspectiva. Sem adiantar pormenores, nem dizer exactamente do que se trata, Casteleiro adianta que a Mutualista precisa de um outro edifício para aumentar o tipo de serviços prestados aos idosos. De encontro a uma lógica de preocupação com a “solidão” dos mais velhos.
O presidente da Associação de Socorros Mútuos da Covilhã acentua que partiu há três anos de um défice “de várias centenas de contos”, e que agora tem “uma situação equilibrada para partir para outros projectos”, embora para isso conte com o apoio da Câmara da Covilhã. Ainda no que toca à situação financeira, Carlos Casteleiro nota “o aumento dos custos, mas também dos proveitos”.