Farcentro inaugura novas instalações

O armazém onde a distribuidora de medicamentos ainda funciona, na zona do Gameiro, vai ser transformado num edifício para habitação e escritórios.

A cooperativa farmacêutica Farbeira Cofarbel Farcentro inaugurou as novas instalações no Parque Industrial do Tortosendo na passada quinta-feira, 30. Para o actual armazém na zona do Gameiro, onde a empresa ainda vai funcionar nos próximos meses, está prevista a construção de um edifício destinado à habitação e escritórios, cujo projecto já deu entrada na Câmara da Covilhã.
“Temos de minimizar o impacto deste investimento e ver se conseguimos algum retorno com um projecto para o actual armazém. Até para não deixar degradar o edifício e para que mais gente possa habitar aquela zona”, frisa Miguel Silvestre, presidente do grupo que resulta da fusão de três cooperativas, entre as quais, desde 2006, a Farcentro, sedeada na Covilhã.
Quanto às novas instalações, que aguardam o licenciamento do Ministério da Saúde, têm 800 metros quadrados e vão acolher os 23 funcionários. “Para já o importante é consolidar a empresa e estes postos de trabalho, mas estamos numa fase de expansão”, sublinha o responsável. O pavilhão representa um investimento de 740 mil euros, pensado para servir com maior rapidez 120 farmácias dos distritos de Castelo Branco, Guarda e agora também Portalegre.
A proximidade a um nó da A23 foi um dos principais aspectos para a localização da unidade, por permitir ganhar tempo nas rotas. As encomendas são feitas por via informática e os sistemas mecânicos, no armazém, processam-nas e preparam a expedição. Um serviço que permite pôr medicamentos em qualquer farmácia da região no máximo em pouco mais de uma hora.
Apesar das facilidades, Maria Manuela Diniz de Carvalho, fundadora e última presidente da Farcentro, não esquece as dificuldades sentidas antes de 1977, quando 25 proprietários de farmácias criaram a cooperativa. “No Interior havia uma dificuldade imensa na chegada a tempo dos produtos farmacêuticos. Por isso a ideia do senhor Fraga, de manteigas, foi bem acolhida, porque era uma necessidade comum”, recorda. “Os benefícios na altura foram extraordinários”.
Apesar do sucesso, a cooperativa começou a sentir-se sufocada por estruturas do Norte e Sul. Por isso, a antever uma nova realidade, decidiu optar pela fusão. O presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, presente na cerimónia, sublinhou que a Farcentro “é um nome prestigiado na Covilhã, um símbolo de espírito empresarial seguro, de eficiência”. Miguel Silvestre pautou o seu discurso pela crítica às políticas do Governo para o sector farmacêutico. O momento foi ainda aproveitado para homenagear os fundadores da empresa.