Comunistas pedem apoio para as PME’s

A eurodeputada Ilda Figueiredo esteve na Covilhã para debater a falta de apoio às Pequenas e Médias Empresas. Uma iniciativa integrada nas jornadas parlamentares do deputados da CDU, no parlamento europeu, que contou também com a presença de Pedro Guerreiro.

“Não basca socorrer a banca para salvar o País da crise”, diz Ilda Figueiredo. A eurodeputada, eleita pela CDU, veio à Covilhã para falar com associações empresariais, com comerciantes e pequenos empresários e para mostrar que “o Governo tem de apoiar estes sectores”.
Uma visita que faz parte das jornadas parlamentares que os comunistas promovem no Parlamento Europeu. Nesse sentido, também Pedro Guerreiro, o segundo membro eleito pela CDU para o organismo sedeado em Bruxelas, esteve em Castelo Branco.
Na sua passagem pela Covilhã Ilda Figueiredo explicou aos jornalistas os grandes propósitos destas jornadas. Lembrar que “não é só a banca que está a viver um momento de crise e que, por isso, necessita de apoio”. Para a eurodeputada, “também o pequeno comércio, as micro e as médias empresas e muitos outros sectores estão numa fase muito difícil”.
Num discurso pontuado por vários ataques ao governo, a deputada comunista lembra ainda “a rapidez em encontrar uma solução para apoiar a banca”. Sem se mostrar inteiramente contra esta ajuda, Ilda Figueiredo quis dizer que “o sector produtivo está também carenciado destas medidas”.
Medidas que passam por empréstimos bancários com juros bonificados, criação de programas específicos para investimento e modernização das PME’s e também “para as cooperativas, tão esquecidas por todos”, diz Figueiredo.
O Estado “deve dar o mesmo tratamento a todos”. Daí que este tipo de apoios “seja um dos principais desígnios da Estratégia Nacional”, considera. A eurodeputada apelou ainda ao executivo socialista para “o imprescindível aumento real do poder de compra”. Algo que, segundo a comunista, se consegue com um aumento real dos salários, das pensões e das reformas e também, uma limitação de preços dos bens e serviços essenciais.
Uma jornada que ficou ainda marcada por vários encontros de trabalho quer com a Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor, quer com comerciantes da zona histórica da “cidade neve” e membros do PCP.