Homem barricou-se no Tribunal da Covilhã
Na passada sexta-feira, um indivíduo com mais de 50 anos, entrou no tribunal da Covilhã, dirigiu-se a uma das salas de audiência e sentou-se na cadeira do juiz. O homem, ao que tudo indica um vendedor ambulante de castanhas, teve apontada uma arma à sua cabeça e supostamente protestava contra um processo de paternidade onde está envolvido.
> Ricardo MoraisO episódio só terminou quando o grupo de operações especiais da polícia (GOE), conseguiu deter o indivíduo que estava no interior do edifício, com uma arma apontada à cabeça.
Jaime Graça Santos, natural da Vila do Carvalho, saiu algemado do tribunal, sendo depois transportado numa carrinha da PSP. A operação dos GOE demorou cerca de dez minutos.
No local esteve uma equipa dos GOE, a PSP brigada anti-crime, os Bombeiros voluntários da Covilhã, a Polícia Judiciária da Guarda e um grupo de negociadores.
Após o insólito episódio o sindicato dos funcionários judiciais, afirma que esta é mais um prova que os tribunais não têm a segurança adequada e que é necessário “precaver em vez de resolver à posteriori.”
O Sindicato dos funcionários judiciais diz que o sucedido é mais um alerta para que o Governo intervenha de forma determinada na segurança dos tribunais: “Não é necessário fazer mais estudos é preciso é implementar nos tribunais um sistema de segurança que não andará muito longe de um sistema de videovigilância, instalação de pórticos para a detecção de metais e presença física das forças de segurança em todos os tribunais. Medidas pequenas mas fundamentais para aumentar o nível de segurança nos tribunais que andam muito próximo do zero.”
Para Fernando Jorge, presidente da direcção do sindicato dos funcionários judiciais “não se pode admitir que uma pessoa entre com uma arma num tribunal. Assim como ele se barricou numa sala de audiências podia dirigir-se a uma secretaria do tribunal e podia ter havido uma tragédia.”
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