Sardinha e cebolas invadem o “São Miguel”
É uma das mais importantes feiras agrícolas de toda a região Centro. Este ano, o Tortosendo recebeu a Feira de São Miguel por três dias. A tradicional sardinha assada e os produtos agrícolas, como as cebolas e as nozes voltaram a ser imagens de marca deste certame.
> Eduardo AlvesAs ruas estreitas e labirínticas do Bairro do Cabeço há já muitos anos que não viam uma feira assim. Com o dia 29 de Setembro, dia de “São Miguel” a ter lugar a uma segunda-feira, um dos maiores certames agrícolas que tem lugar nesta data começou logo no sábado, 27.
Foram três dias onde o Bairro do Cabeço acolheu milhares de visitantes que se deslocaram ao Tortosendo para saborear a tradicional sardinha assada acompanhada de “triga-milha”, comprar cebolas, alhos, nozes e sementes e também outras marroquinarias.
Este certame histórico ganha agora novos contornos. A feira há vários séculos que tem um cariz agrícola fruto da venda de uma grande variedade de produtos. De todas as povoações vizinhas continuam a vir até ao Tortosendo, produtores que aproveitam esta época do ano para escoar as suas cebolas, nozes, alhos, feijão, milhos, trigo e também sementes. Outrora a feira assinalava também o culminar de mais um ano de colheitas.
Nos dias que correm, a venda deste tipo de produtos continua a ser uma das imagens de marca do evento. Mas a feira ganha novos contornos, cores e sabores com a venda de marroquinarias, chapéus-de-chuva e frutos secos.
Os panos dos feirantes estendem-se pelas ruas do bairro, pintando os lugares de cores garridas. Roupas, calçado, loiças e chapéus-de-chuva, muitos chapéus-de-chuva preenchem os espaços comerciais instalados na calçada.
A feira ganha novas formas, e no próximo ano tudo indica que ganhará também um novo espaço. Um vasto terreno localizado à entrada do bairro vai dar lugar a um recinto de feiras com várias estruturas de apoio. A autarquia da Covilhã promete já a concretização deste empreendimento há mais de quatro anos. Segundo a edilidade, a última demora ficou a dever-se aos sobreiros, espécie protegida, que se encontram no local. Depois da deslocação destes, as obras de construção do parque devem, finalmente, arrancar na maior vila do concelho da Covilhã.
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